A posição foi manifestada esta Sexta-feira pelo presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, em entrevista à Lusa, quando questionado sobre a sua prioridade caso vença as eleições gerais, previstas para Agosto.
"Elegemos cinco prioridades que correspondem também a cinco áreas que nós pensamos que precisam de medidas de urgência, como são as áreas da saúde, educação, habitação e emprego, nós precisamos criar empregos para os jovens e cidadãos e precisamos de garantir igualmente a Segurança Social para o cidadão", disse.
São áreas que, afirmou, devem ser tratadas com políticas claras "para mudar o rumo que o país tem tomado".
"Caso a UNITA vença as eleições, nós não faremos uma caça às bruxas, nós vamos procurar imprimir um sistema de Justiça que funcione, porque só com o sistema judicial funcional se pode impedir que a corrupção continue a alastrar", defende Samakuva.
"Temos também de criar condições para que a mentalidade do cidadão saiba que a corrupção é um cancro que destrói várias áreas do país", acrescentou.
Líder da UNITA desde 2003, ao ser questionado sobre o seu futuro político em caso de derrota eleitoral, Isaías Samakuva refere apenas a UNITA está apostada em vencer em 2017.
"A UNITA é um projecto de sociedade que continua a fazer o seu caminho rumo à condução do país, pensamos que neste momento estamos em condições de vencer as eleições em 2017. Mas se o povo em eleições livres, transparentes, disser que ainda não está convencido, naturalmente a UNITA vai continuar a explicar o seu projecto que na minha maneira de ver é ainda muito melhor do partido que dirige o país", realçou.
Samakuva considera que apesar de crise económica que também teve reflexos nas acções realizadas pelo partido em 2016, a UNITA registou um crescimento de militantes.
"Este ano nós realizamos várias actividades, mas não com a intensidade e acutilância que nós gostaríamos de ter, devido mesmo ao actual cenário económico do país. Mas ainda assim, devido ao carácter audaz dos nossos programas, registamos um salto qualitativo, basta dizer que de Março a Novembro a UNITA registou um crescimento de mais de dois milhões de membros confirmados", concluiu.