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Governante portuguesa prevê cooperação “mais efectiva” com Angola

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação de Portugal, Teresa Ribeiro, garantiu Sexta-feira que estão reunidas condições para tornar "mais efectiva" a cooperação bilateral com Angola, admitindo "sinais muito encorajadores" nesse sentido.

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A governante falava aos jornalistas em Luanda, no encerramento de uma visita oficial de três dias, durante a qual manteve mais de 15 reuniões e encontros, nomeadamente audiências em separado com seis ministros e quatro secretários de Estado, de pastas como Finanças, Agricultura, Saúde, Planeamento do Território, Energia e Águas, Educação ou Ensino Superior, além das Relações Exteriores.

"Foi uma visita importante para o reforço do nosso relacionamento. Uma visita curta, mas muito intensa", apontou, reconhecendo que foi possível "conhecer os grandes desafios que se colocam a Angola", bem como avançar para novas etapas da cooperação bilateral e multilateral.

"Esta visita vai permitir articular de uma forma muito mais coerente e efectiva a nossa cooperação bilateral com Angola, o que é importante para imprimir maior eficácia", declarou.

Numa altura em que algumas fontes diplomáticas perspectivam para os próximos meses a visita ao país por parte do Ministro de Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, e do primeiro-ministro português, António Costa, Teresa Ribeiro afirmou ter encontrado nos contactos com as empresas portugueses indicadores positivos. O mesmo acontece nas relações, em geral, com as autoridades angolanas.

"Acho que os sinais são muito encorajadores e positivos, agora temos que os trabalhar", apontou.

Ao fechar a visita, com reuniões com os ministros Chefe da Casa Civil da Presidência da República, Manuel da Cruz Neto, e do Ensino Superior, Adão do Nascimento, a secretária de Estado portuguesa desvalorizou a influência de atritos que ao longo dos últimos anos têm surgido nas relações entre os dois países.

"Nas relações intensas, entre irmãos, os momentos de maior atrito e os momentos de maior aproximação sucedem-se naturalmente, sem que isso deva constituir uma preocupação central e que nos esgote as energias. Muito pelo contrário, faz parte das dinâmicas das relações entre as pessoas, os países, e não nos preocupa", disse.

A governante reconheceu ainda o "apoio militante" do país à eleição de António Guterres para o cargo de secretário-geral das Nações Unidas, numa altura em que Angola é membro não permanente do Conselho de Segurança.

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