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Angola propõe cimeira de chefes de Estado dos Grandes Lagos para 27 de Março

Angola propôs para 27 de Março a realização da VI cimeira ordinária de chefes de Estado da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), adiada por indisponibilidade de agenda de alguns presidentes.

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Inicialmente prevista para hoje, em Luanda, a cimeira ficou adiada por impossibilidade da presença dos presidentes do Ruanda, Burundi e Uganda.

"Acertar a agenda de 12 chefes de Estado não é uma tarefa facial, esta é a data que Angola propõe. Os ministros dos Negócios estrangeiros vão levar não só a indicação da data, mas o convite oficial do Presidente angolano", disse o secretário de Estado das Relações Exteriores de Angola, Manuel Augusto, em declarações à imprensa.

Entretanto, a reunião de ministros de Negócios Estrangeiros da organização, iniciada na quinta-feira, terminou, mas com algumas divergências entre o Burundi e o Ruanda, cujos teores foram anexados ao relatório final do encontro.

Em declarações à agência Lusa, o director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores de Angola, Joaquim do Espírito Santo, disse que foi difícil encontrar consenso entre os dois países relativamente ao projecto do texto para a elaboração do relatório.

"Então foi assim que se decidiu, para se ultrapassar a situação - porque muitos ministros precisavam de sair para viajar - que seriam aprovados e juntar-se-ia a esse relatório as intervenções do Ruanda e do Burundi", explicou Joaquim do Espírito Santo.

O responsável avançou ainda que a anteceder a cimeira em Março, uma outra reunião ministerial fará nova abordagem sobre a situação, para actualização da informação, devendo o documento ser submetido à apreciação dos chefes de Estado.

No encontro, o Burundi acusou o Ruanda de estar envolvido nas acções de desestabilização daquele país, a enfrentar instabilidade política e militar desde Abril do ano passado, depois da tentativa de um golpe de Estado.

Segundo Joaquim do Espírito Santo, o Ruanda não aceitou as acusações, apontando o diálogo interno com todos os envolventes na situação como a via de solução para os problemas.

"Tentou-se encontrar consenso para um texto que apontava para a necessidade de se encorajar o diálogo, mas o Burundi não queria isso, queria que se tomasse nota da agressão do Ruanda contra o Burundi e isso não colheu consenso", explicou Joaquim do Espírito Santo.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da CIRGL - em que Angola vai assumir novo mandato de dois anos na presidência - analisaram também as candidaturas do futuro secretário executivo da organização.

Inicialmente concorriam ao cargo quatro países, o Quénia, Zâmbia, Sudão e Sudão do Sul, tendo este último retirado a sua candidatura.

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