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MPLA quer empresários abertos a investidores internacionais contra a crise

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) exortou aos investimentos dos empresários angolanos nas novas tecnologias e parcerias internacionais para incrementar a produção nacional e as exportações, no âmbito da estratégia governamental contra a crise petrolífera.

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A posição está expressa no comunicado final da primeira reunião ordinária do Bureau Político do comité central do MPLA, realizada esta Segunda-feira em Luanda sob orientação de José Eduardo dos Santos, líder do partido e Presidente angolano, que abordou a estratégia governamental para reduzir o impacto da quebra com a redução das receitas da exportação de petróleo.

"O Bureau Político saudou o Executivo pela sua elaboração e considerou que o mesmo contém as medidas essenciais para se iniciar em Angola um novo ciclo económico de estabilidade, sem dependência desse recurso [petróleo]", lê-se no comunicado.

O Governo angolano aprovou quarta-feira a denominada estratégia para fazer face à crise derivada da queda acentuada do preço do petróleo no mercado internacional, prevendo a substituição do crude como principal produto de exportação de Angola e recorrendo a endividamento para investir na produção interna, diminuindo as importações.

Em particular, aquele órgão do MPLA, partido no poder em Angola desde a independência do país, em 1975, exortou os empresários nacionais, "em cooperação" com empresários de outros países, a tirarem "proveito dos avanços mais importantes que se registam no mundo, no domínio do conhecimento e da tecnologia".

"E se engajem na implementação dos programas dirigidos, com vista ao aumento, a curto prazo, da produção de produtos exportáveis que gerem divisas ao país e conduzam ao aumento da produção interna, sobretudo dos produtos da cesta básica e de outros bens essenciais para o consumo interno e para a exportação", acrescenta aquele o bureau político.

A estratégia do Governo, segundo explicou na quarta-feira o ministro do Planeamento e do Desenvolvimento Territorial, Job Graça, passa por "iniciar um novo ciclo económico de estabilidade não dependente do petróleo", que "assenta no pressuposto da substituição do petróleo como principal fonte de receita fiscal e de exportações de Angola".

"E preconiza, no curto prazo, recorrer ao endividamento para aumentar-se a produção interna, sobretudo dos produtos da cesta básica e de amplo consumo interno e para exportação, de modo a gerar divisas para o país", disse na altura o ministro.

O plano do Governo prevê desde logo a utilização de saldos de linhas de crédito existentes, antes contraídas internacionalmente para "fins públicos". Serão utilizados para "financiar projectos privados de elevada rentabilidade e promotores da diversificação da produção das exportações".

A reunião do bureau político analisou ainda o processo de preparação do VII congresso ordinário do MPLA, previsto para o próximo mês de Agosto e que servirá para clarificar a eventual candidatura de José Eduardo dos Santos a um novo mandato nas eleições presidenciais de 2017.

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