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MPLA: crise financeira é oportunidade para Angola ter economia assente na produção nacional

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, no poder), encara a presente crise financeira causada pela baixa do preço do petróleo como grande oportunidade para o país edificar uma economia assente na produção nacional.

Zero Creatives:

A posição foi expressa pelo líder da bancada parlamentar do partido, Virgílio de Fontes Pereira, na sua Declaração Política, durante a 4.ª sessão legislativa da III legislatura da Assembleia Nacional.

Virgílio de Fontes Pereira disse que a crise provocou uma queda abrupta das receitas de Angola, mas a prudente utilização da política orçamental do Governo angolano evitou “graves e profundas rupturas financeiras e, consequentemente, económicas e sociais no país”.

Considerando que a actual crise é estrutural, o MPLA considera que se deve trabalhar “de modo acelerado para aumentar, a curto prazo, a produção de produtos exportáveis em Angola, de modo a gerar divisas para o país”.

Na sua intervenção, o líder da bancada parlamentar do maior partido da oposição, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Adalberto da Costa Júnior, disse que a crise, que não é apenas causada pelo petróleo, “é grave porque está a castigar duramente as populações mais desprotegidas”, atingindo também “duramente” as famílias da classe média angolana e as empresas.

“Esta crise é grave e tem origem nas más práticas, consubstanciadas numa rigorosa governação autocrática e vertical, totalmente adversa à fiscalização, portanto uma governação que não presta contas ao cidadão”, referiu Adalberto da Costa Júnior.

Por sua vez, o líder da bancada parlamentar da segunda maior força da oposição, Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), André Mendes de Carvalho “Miau”, destacou a subida vertiginosa dos preços dos produtos da cesta básica, consequência da crise, e a desvalorização do kwanza e a escassez de divisas.

André Mendes de Carvalho “Miau” disse que o seu partido não aceita como justificação da actual situação somente a baixa do preço do petróleo no mercado internacional, salientando que a não-observância das leis “faz com que uns poucos, sejam donos disto tudo”

Para Lucas Ngonda, presidente da bancada parlamentar da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), também da oposição, o país precisa de recuperar o tempo perdido na falta de diversificação da economia “e agora vai trocando o passo na elaboração de políticas que possam ajudar (...) a entrar na normalidade”.

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