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Novo governador de Luanda avisa que poder não está “na rua”

O novo governador da província de Luanda reafirmou hoje, aos membros do seu pelouro, que a segurança e a limpeza da cidade são as prioridades da missão que agora assumiu, avisando que o poder não está "na rua".

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Higino Carneiro foi hoje apresentando pelo ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, numa cerimónia que contou com todos os membros do Governo Provincial de Luanda.

De forma a inteirar-se da situação da província, Higino Carneiro marcou para sábado a primeira reunião com os administradores municipais, que deverão então apresentar uma síntese sobre o estado de cada um dos municípios.

Segundo Higino Carneiro, a informação servirá para estruturar intelectualmente, e depois na prática com ajuda de todos, um programa que visa "dar a volta por cima" às dificuldades que a capital angolana apresenta actualmente, e sentir "nos próximos tempos alguma satisfação dos cidadãos".

"Sentimos queixumes todos os dias, nos mais variados domínios, e para falarmos deles, temos que os conhecer, saber por que razão eles existem, por que é que as pessoas reclamam, o que é que falta de nós", disse o general e dirigente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) Higino Carneiro.

No que toca à defesa e segurança, o governador marcou para segunda-feira a primeira reunião com as autoridades.

"Vamos, com alguma pedagogia, intervir, falando com elas, mas o que é certo é que não podemos deixar as coisas andarem de maneira que o poder esteja de facto na rua. Esta é uma preocupação que não é só minha é de todos, é do Presidente da República", disse o governador de Luanda.

A capital angolana tem sido palco, desde 2011, de manifestações de contestação ao Governo angolano, liderado desde 1975 pelo MPLA.

Na sua intervenção de hoje, o governador cessante, Graciano Domingos, fez um balanço da sua missão de cerca de 16 meses, exercida em momentos de grandes dificuldades financeiras em Angola.

Graciano Domingos agradeceu à população, que "nos momentos mais difíceis de recolha de resíduos sólidos na província de Luanda organizaram-se em campanhas voluntárias". Apontou ainda como missão cumprida as obras de recuperação do centro da cidade de Luanda.

"É uma obra que fica, que é uma obra que foi realizada, e que muito nos orgulha, podíamos ter feito muito mais, mas, no entanto, os recursos foram insuficientes", referiu Graciano Domingos.

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