A informação foi prestada hoje à Lusa, em Luanda, pelo Director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exteriores de Angola, embaixador Joaquim do Espírito Santo, acrescentando que o novo mandato de dois anos será assumido "na primeira semana de Fevereiro", na cimeira de chefes de Estado da CIRGL, a ter lugar em Luanda.
"O Quénia é que deveria ter recebido a presidência [da CIRGL], mas achou que talvez não estivesse ainda em condições e juntamente com a maioria dos países pediu para Angola continuar", explicou o diplomata.
De acordo com o embaixador Joaquim do Espírito Santo, o convite formal a Angola para permanecer na liderança daquela organização foi feito há cerca de uma semana, no Quénia, ao ministro das Relações Exteriores angolano, Georges Chikoti, precisamente quando o país terminava o primeiro mandato de dois anos (assumiu em Janeiro de 2014) na presidência da CIRGL.
Criada em 1994, esta organização integra, além de Angola, o Burundi, República Centro-Africana (RCA), República do Congo, República Democrática do Congo (RDCongo), Quénia, Uganda, Ruanda, Sudão, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
A diplomacia angolana estabeleceu como prioridade, no primeiro mandato à frente da CIRGL, a resolução dos conflitos armados na RCA e RDCongo, mas que permanecem activos e provocando instabilidade na região dos Grandes Lagos.
"Angola encara este novo mandato tranquilamente, serenamente. Vamos continuar como temos vindo a fazer até aqui na presidência, é um desafio muito grande para Angola, mas estaremos à altura de cumprir com a responsabilidade", concluiu o embaixador Joaquim do Espírito Santo.