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Unita define 2016 como um ano de incertezas

A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), maior partido da oposição, definiu 2015 como o ano de consolidação das várias crises em que o país está mergulhado e 2016 o de incertezas. A análise ao ano que agora finda e as perspetivas para 2016 dominaram o discurso de fim de ano do líder da UNITA, Isaías Samakuva.

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Isaías Samakuva apontou incertezas para o próximo ano quanto ao preço do petróleo, a capacidade real do Estado de obter as receitas que orçamentou, sobre quem sucederá a José Eduardo dos Santos, na presidência do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder e sobre quem será o candidato deste partido ao cargo de Presidente da República.

"Incertezas sobre até onde e até quando os preços dos produtos básicos continuarão a subir. Incertezas sobre se as autarquias serão mesmo criadas para permitir que as comunidades locais exerçam de facto o poder local", referiu o político.

Segundo Isaías Samakuva, o Orçamento Geral do Estado para 2016 reflecte muitas das incertezas para o próximo ano.

Para o líder da UNITA, "o ano de 2016 será muito difícil, porque na realidade não haverá dinheiro".

"Ainda não entramos em 2016 e o orçamento aprovado já está completamente desajustado à realidade. Ou seja, estamos perante um orçamento economicamente fictício", salientou.

A nível político, Isaías Samakuva lembrou que as eleições gerais de Angola estão marcadas para Agosto de 2017, por isso o ano de 2016 será também de esperança, "porque será de preparação da vitória eleitoral das forças da mudança".

Aos angolanos, o político assegurou que "a UNITA mudou", e que "já não é um exército de libertação nacional".

"A UNITA já não tem armas e não faz guerra. A UNITA agora é um partido político pacífico, amante da paz, da liberdade e da democracia", referiu, apelando para que se unam ou trabalhem com o partido sem "receios nem preconceitos".

Aos militantes da UNITA, o seu líder pediu que inovem, eliminem debilidades, corrijam vícios e alterem radicalmente os métodos de trabalho.

"Vamos gerir por objectivos, avaliar regularmente o desempenho de cada um e cobrar resultados", frisou.

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