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Dólar no mercado paralelo de Luanda estável há mais de mês e meio

O preço para comprar um dólar nas ruas de Luanda subiu ligeiramente acima dos 490 kwanzas na última semana, mas há mais de mês e meio que se apresenta estável, apesar da aproximação da quadra festiva.

Rede Angola:

Praticamente sem acesso a dólares ou euros nos bancos, nacionais e estrangeiros voltam-se para o mercado de rua para comprar divisas, embora a taxas especulativas, que até já estiveram próximas dos 600 kwanzas por cada dólar em Agosto e Julho, depois de máximos de 630 kwanzas em Junho.

Na habitual ronda semanal pelas ruas da capital, a agência Lusa constatou que se mantém a justificação da falta de dólares e de moeda nacional para os preços actuais, segundo as kinguilas de Luanda, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas, um negócio ilegal.

A venda de cada dólar estava Quinta-feira fixa nos 490 kwanzas no bairro do São Paulo e nos 492 kwanzas no bairro dos Mártires de Kifangondo, enquanto as kinguilas do Maculusso transaccionavam a 495 kwanzas e na Mutamba pediam 500 kwanzas pela mesma nota.

Apesar deste período de alguma estabilidade (à volta dos 490 kwanzas), que se regista desde a primeira quinzena de Outubro, o mercado paralelo continua a transaccionar dólares e euros ainda muito acima do câmbio oficial, de 166 kwanzas. Também há receios de alguma pressão nas próximas semanas, tendo em conta o período de Natal e as habituais viagens para o estrangeiro e correspondente aumento de procura de divisas.

A inflação também se ressente desta conjuntura e os preços a 12 meses ultrapassaram, segundo o Instituto Nacional de Estatística, os 40 por cento de aumento, até Outubro.

A taxa de câmbio oficial cifra-se actualmente em cerca de 166 kwanzas por cada dólar, quando antes do início da crise das receitas do petróleo, ainda em 2014, era de 100 kwanzas.

"O BNA continuará a disponibilizar as divisas de forma regular ao câmbio de 165,8 kwanzas por um dólar dos Estados Unidos da América, não havendo necessidade dos operadores do mercado alterarem os preços dos bens e serviços", garante o banco central.

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