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Governo monitoriza obras financiadas pela primeira emissão de eurobonds

O Governo pretende contratar uma entidade externa para monitorizar os projectos financiados pela emissão de eurobonds que o Estado fez em Novembro de 2015, de quase 1,4 mil milhões de euros.

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Esta foi a primeira emissão do género feita pelo Estado, de títulos de dívida pública em moeda estrangeira, pagando juros de 9,5 por cento e a liquidar aos dias 12 de Maio e 12 de Novembro de cada ano, durante 10 anos.

A Lusa noticiou a 21 de Junho que esta operação, feita no mercado internacional, vai financiar a expansão da rede eléctrica e a construção de 21 novos sistemas de abastecimento de água, segundo despachos presidenciais.

De acordo com o teor de um despacho de 22 de Novembro, assinado pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, serão agora contratados serviços de assistência técnica "para monitorização e controlo dos projectos financiados com os recursos financeiros captados na operação de colocação de eurobonds".

Para o efeito, o mesmo despacho, a que a Lusa teve acesso, cria uma comissão para conduzir a contratação desta assessoria, ao abrigo dos contratos públicos.

Além do financiamento do Estado, esta emissão de dívida soberana nacional em moeda diferente da do país emitente (eurobonds), anunciou anteriormente o Governo, permitirá o reforço das reservas internacionais, necessárias à importação de bens alimentares e matéria-prima.

A operação foi distribuída, entre outros, por investidores norte-americanos e europeus, como gestores de fundos, bancos ou fundos de pensão, tendo garantido a emissão de 1.492.500.000 dólares (1.390 milhões de euros).

O interesse dos investidores na primeira emissão do género feita por Angola ultrapassou cinco vezes o montante que o país pretendia colocar.

Angola fixou um prazo de dez anos de maturidade - pagamento do montante financiado - para "criar uma forte referência que combinou com a sua preferência por duração, consistente com o uso das receitas para fins de infra-estrutura".

O norte-americano Goldman Sachs International actuou como líder do consórcio de bancos que estruturou a operação, que incluiu ainda o alemão Deutsche Bank e os chineses da ICBC International.

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