Ver Angola

Cultura

Intensificam-se os apelos de solidariedade para a seca no sul de Angola

Uma campanha de solidariedade, para acudir um milhão de pessoas afectadas pela seca no sul de Angola, já reuniu bens para encher um camião e abastecer Curoca, o município mais afectado na província do Cunene.

� Siphiwe Sibeko / Reuters: Chimneys from ArcelorMittal steel company are seen behind a dry maize field near Vanderbijlpark? outside Johannesburg, October 1 2015. Poor rains are forecast for South Africa's maize belt because of the El Nino weather pattern, expected to bring more dro
Chimneys from ArcelorMittal steel company are seen behind a dry maize field near Vanderbijlpark? outside Johannesburg, October 1 2015. Poor rains are forecast for South Africa's maize belt because of the El Nino weather pattern, expected to bring more dro   � Siphiwe Sibeko / Reuters

Em declarações à Lusa, a coordenadora da campanha denominada "Natal sem Fome", Filomena Oliveira, disse que foram já doadas quantidades suficientes para que o primeiro camião possa dirigir-se ao município do Curoca para a distribuição de bens.

No município do Curoca, mais de 40 mil pessoas estão em "total penúria" e milhares já fugiram das aldeias por falta de alimentos.

Segundo Filomena de Oliveira, a campanha arrancou agora e vai até 30 de Janeiro, tendo como objectivo acudir as populações, sobretudo nos meios rurais, afectadas pela seca há quatro anos consecutivos, das províncias da Huíla, Namibe, Cunene, Cuando Cubango, e algumas comunas das regiões de Benguela e Cuanza Sul.

A iniciativa privada é levada a cabo pela Central de Ideias, em colaboração com a Associação Agropecuária, Comercial e Industrial da Huíla e Associação Angolana das Empresas de Publicidade e Marketing.

A coordenadora da campanha sublinhou que, apesar de ter começado a chover em algumas regiões, é necessário manter apoio, porque as pessoas estão debilitadas e é necessário aguardar que a chuva permita a recuperação dos solos.

"Há todo um conjunto de circunstâncias a que é preciso acudir e mesmo que chova regularmente, o milho demora pelo menos três a quatro meses para estar pronto para ser colhido", frisou.

Por isso, "é necessário esse apoio para que as pessoas consigam sobreviver este tempo e aumentar um pouco as questões que dizem respeito à distribuição de sementes", acrescentou.

Além da recolha de alimentos, a campanha apela igualmente à doação de filtros de água, para torná-la potável e diminuir os riscos de diarreias, sobretudo nas crianças.

"Há uma empresa que doou já 100 filtros de água, que purifica cada um 18 mil litros de água, que já vai dar para um bom grupo de pessoas", salientou Filomena Oliveira.

As campanhas de solidariedade relativas à seca no sul de Angola têm-se intensificado nos últimos dias, face aos apelos das populações daquelas regiões para situação de penúria alimentar em que se encontram.

 

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.