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Bancos angolanos com menos divisas na última semana

A injecção de divisas nos bancos comerciais angolanos desceu mais de quatro por cento na última semana, para 341,6 milhões de dólares, nomeadamente para garantir operações do sector petrolífero, segundo o Banco Nacional de Angola (BNA).

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A informação consta do relatório semanal do banco central angolano sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, ao qual a Lusa teve acesso, relativamente à venda de divisas entre 14 e 18 de Dezembro, realizada a uma taxa interbancária média de 135,9 kwanzas (91 cêntimos de euro), inalterada há mais dois meses.

De acordo com informações recolhidas pela Lusa junto do sector bancário, contrariamente ao modelo anterior, o BNA deixou, em Novembro, de promover leilões de divisas, vendendo directamente aos bancos em função das necessidades de cada instituição.

Na última semana, o banco central angolano vendeu 346,1 milhões (312 milhões de euros) de divisas, menos cerca de 15 milhões de dólares (13,7 milhões de euros) face à semana anterior.

Em Angola persiste a forte redução da disponibilidade de moeda estrangeira, sendo o montante vendido aos bancos limitado às necessidades mais urgentes do sistema bancário e que obrigam a autorização do banco central.

"Este volume de divisas destinou-se fundamentalmente à cobertura de operações de natureza prioritária", refere o BNA, na mesma informação.

Angola enfrenta uma crise financeira e económica face à redução de receitas fiscais do petróleo, e por consequência cambial, devido à redução da entrada de divisas no país, necessárias para garantir as importações de máquinas, matéria-prima e alimentos.

Alguns bancos angolanos limitaram, entretanto, a venda de divisas a clientes a um máximo de mil dólares (913 euros) por semana e bancos norte-americanos têm vindo a anunciar a suspensão de venda de dólares a Angola.

Do total de divisas vendidas, 101,7 milhões de dólares (92,9 milhões de euros) destinaram-se a cobrir as necessidades gerais dos bancos comerciais, 128,9 milhões de dólares (117,8 milhões de euros) para operações diversas, 36,9 milhões de dólares (33,7 milhões de euros) para cobertura de operações do sector petrolífero e 32,6 milhões de dólares (29,7 milhões de euros) para garantir operações do Ministério do Comercio, entre outros destinos.

Actualmente, e tal como nos últimos meses, mantêm-se as dificuldades no acesso a moeda estrangeira nos bancos, com o mercado paralelo, de rua, a apresentar taxas de câmbio que rondam os 270 kwanzas por cada dólar, para compra de moeda estrangeira.

A falta de divisas, em função da procura, continua a dificultar, por exemplo, as necessidades dos cidadãos que precisam de fazer transferências para o pagamento de serviços médicos ou de educação no exterior do país ou que viajam para o estrangeiro.

 

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