O chefe de Estado admitiu que existem muitas mais unidades por construir: "Há muito mais unidades hospitalares por construir. Estamos com um bom ritmo de construções e de inaugurações".
Segundo João Lourenço, nos últimos tempos, o governo tem inaugurado entre quatro a cinco infra-estruturas hospitalares anualmente, sendo que quer duplicar essa média no próximo ano.
Em declarações à imprensa, citadas pela Angop, depois da abertura do novo hospital do Cuanza Norte, o chefe de Estado disse que a meta de aproximar os serviços de saúde da população está a ser alcançada, e, desse modo, vão ser edificadas mais unidades hospitalares dos três níveis (primário, secundário e terciário).
No entanto, mencionou que existem ainda duas áreas da saúde lhe estão a causar preocupação. Tratam-se das áreas da oncologia e da edificação de fábricas de medicamentos e vacinas.
No que diz respeito à oncologia, o Presidente voltou a referir a edificação do Hospital Oncológico de Luanda, cuja conclusão está prevista para 2026, dado que os trabalhos estão a avançar a um bom ritmo. Além disso, ainda neste domínio, o chefe de Estado disse igualmente que a formação de profissionais desta especialidade também deverá merecer especial atenção.
Já sobre a sua segunda preocupação, relativa à edificação de fábricas de medicamentos, João Lourenço disse que o governo pretende fazer o convite ao sector privado no sentido de investir neste ramo, para que o Estado minimize ou elimine a importação de medicamentos, escreve a Angop.
Após ter cortado a fita e descerrado a placa do Hospital Geral do Cuanza Norte, que foi baptizado de 'Mário Pinto de Andrade' e conta com 200 camas, o Presidente da República visitou as áreas de serviço desta infra-estrutura.
Fazendo-se acompanhar da primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, o Presidente obteve esclarecimentos por parte do empreiteiro e de responsáveis do Ministério da Saúde sobre o funcionamento do hospital.
Trata-se de um hospital de nível terciário, que vai oferecer um conjunto variado de serviços que vão desde cirurgia, imagiologia, neonatologia, urgências, cuidados intensivos, hemodiálise, entre outros.
A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, foi outra das figuras presentes na cerimónia de inauguração. Ao discursar na ocasião, a titular da pasta da Saúde, disse que esta inauguração "configura um exemplo concreto da forte aposta do Executivo em prosseguir com a edificação de um sistema de saúde robusto".
"O Hospital Geral Mário Pinto de Andrade é de nível terciário, de referência nacional e provincial, com 200 camas, tem um ambiente acolhedor e humanizado para os utentes, suas famílias e profissionais de saúde, com tecnologia de vanguarda e avançada, onde poderão ser prestados serviços e cuidados médico-cirúrgicos com equipamento de última geração para a realização de exames complexos a serem realizados pela primeira vez nesta província", disse, acrescentando: "Será também um centro dedicado à pesquisa, investigação e formação de quadros", iniciando actividade com "um corpo de 1135 profissionais, de entre médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, regime geral, assistentes sociais e técnicos de apoio hospitalar".
Já o director-geral do hospital provincial do Cuanza Norte, Armando Alberto João, citado pela Angop, considerou que esta é uma unidade de referência e um ganho para a província, pois é de nível três e conta com os melhores equipamentos.
Recorde-se que João Lourenço está no Cuanza Norte a cumprir uma jornada de trabalho de dois dias, cuja a agenda, além de incluir a inauguração deste hospital, prevê ainda uma reunião com o governo local e visitas à infra-estrutura de captação de água do rio Lucala e a uma feira agrícola.