Em declarações depois da terceira sessão ordinária da Comissão de Luta contra o VIH/SIDA e Grandes Endemias, que decorreu na passada Sexta-feira e foi orientada pela vice-Presidente da República, Esperança da Costa, a titular da pasta da Saúde informou que durante este ano, apenas nove casos da doença foram reportados, ao passo que no ano anterior tinham sido registados 52 casos.
Citada num comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso, a ministra "alertou para o aumento preocupante de casos de malária, uma das principais ameaças à saúde pública" no país.
Segundo a ministra, este ano foram registados 1.013.370 casos, "um aumento de 15 por cento em relação ao ano anterior, estando as províncias de Luanda, Cuanza Sul e Huambo mais afectadas".
Relativamente ao VIH/SIDA e à tuberculose, Sílvia Lutucuta disse que os números se mantiveram "relativamente estáveis em comparação" com o ano passado, "embora ainda sejam elevados".
Na ocasião, também sublinhou a "importância de uma abordagem multissectorial para combater essas doenças e da interdependência entre os determinantes sociais e ambientais e a saúde", lê-se na nota.
Por sua vez, a comissão apontou o facto de ser "urgente mobilizar mais recursos financeiros para intensificar as acções de prevenção e controlo".
"Um dos momentos de destaque da reunião foi a aprovação de uma proposta de nova legislação para o combate ao VIH/SIDA, com enfoque na inclusão social e não discriminação", lê-se na nota.
A ministra da Saúde explicou que apresentaram um diploma legal, que tem em vista combater a discriminação: "Apresentámos um diploma legal em forma de decreto, a Proposta de Lei de Resposta Integral ao Vírus da Imunodeficiência Humana, que substitui a antiga Lei do VIH/SIDA com mais de 20 anos. Esta nova legislação enfatiza a inclusão social, o combate à discriminação e reflecte os avanços tecnológicos e científicos", referiu Sílvia Lutucuta.