Organizado pela Direcção-Geral do Património Cultural de Portugal, o concurso contou com 29 candidaturas internacionais, tendo o júri atribuído o prémio ao consórcio dirigido pelo angolano, que co-fundou o Del Medio Atelier, para reestruturar o Museu Nacional de Arte Contemporânea, situado no Chiado, na capital portuguesa.
A simplicidade e harmonia com o ambiente urbano do projecto foram factores determinantes que fizeram com que o júri atribuísse o prémio de 18 mil euros (aproximadamente 17 milhões de kwanzas) ao consórcio, permitindo-lhe assim poder reabilitar o referido museu, sendo que as obras deverão custar à volta de oito milhões de euros (mais de sete mil milhões de kwanzas), escreve o Jornal de Angola.
Sobre esta conquista, o arquitecto, disse espelhar a "capacidade, talento e resiliência dos jovens angolanos".
Falando ao Jornal de Angola, o angolano de 29 anos disse que também deseja construir um museu angolano de arte contemporânea, bem como infra-estruturas que satisfaçam as demandas locais, sobretudo nas zonas habitacionais e de cultura.
Considerou que o Angola necessita de "soluções que respeitem" a realidade do país, mas em simultâneo "tragam modernidade".
"Angola precisa de soluções que respeitem a nossa realidade e ao mesmo tempo tragam modernidade. O Del Medio Atelier está preparado para contribuir", afirmou, citado pelo Jornal de Angola.
Michel Zeca tirou a licenciatura em Arquitectura em 2018, na Universidade Lusíada de Lisboa.