A implementação de novas tecnologias na produção vem justificar este aumento, segundo referiu Vitorino Carneiro, engenheiro agrónomo, à Angop.
Segundo o engenheiro, neste momento, aproximadamente 2000 cachos desta fruta são retirados diariamente na referida fazenda – que se situa na comuna da Mussera, no município do Nzeto, no Zaire –, com o escoamento da produção a ser feito para os municípios interiores da província do Zaire e também para Luanda e para o Huambo.
No entanto, a fazenda não produz apenas banana. O empreendimento agrícola, adiantou, também se dedica à produção em larga escala de hortaliças, sobretudo de couve e alface, produzindo cerca de uma tonelada por dia.
Além disso, 25 hectares dos 275 da zona de produção da fazenda são dedicados ao cultivo da pitaia, perfazendo assim as culturas ali produzidas.
A pecuária é outro dos ramos de actuação da fazenda. Citado pela Angop, Vitorino Carneiro fez saber que a infra-estrutura agrícola conta com mais de 4000 cabeças de ovinos, abatendo-se por semana uma dezena de animais, com a carne a ser vendida em alguns supermercados de Luanda.
No que diz respeito a dificuldades, o engenheiro referiu a carência de energia da rede pública, o que tem gerado custos altos com a compra de combustível: “A fazenda é alimentada em termos de energia eléctrica por um grupo gerador que consome 250 litros/hora de gasóleo. São muitos gastos para manter o normal funcionamento do projecto”, disse.
Empregando 966 pessoas, cujas mais de metade (60 por cento) são mulheres, a referida fazenda foi visitada por Adriano Mendes de Carvalho, governador do Zaire, que fez um raio-x demorado ao espaço.
Refira-se ainda que esta fazenda, segundo a Angop, já fazia a banana viajar além-fronteiras até alguns países europeus, mas essas exportações foram interrompidas há cerca de um ano visando atender o mercado interno.
