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Zaire ganha terminal fluvial. Orçado em 90 milhões, projecto vai impulsionar desenvolvimento local

A província do Zaire vai ter um terminal fluvial que, segundo Manuel José António, administrador municipal, vai contribuir para impulsionar o desenvolvimento socioeconómico local.

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O projecto, designado Terminal Fluvial do Nóqui e cujo orçamento é de 90 milhões de dólares, vai não só simplificar a mobilidade como também criar empregos para os jovens locais e ajudar as trocas comerciais entre Luanda, Cabinda e Zaire, adiantou o administrador, em declarações à Angop.

O responsável disse igualmente o seu arranque irá competir com o porto de Matadi, na República Democrática do Congo (RDC). "A entrada em funcionamento da ponte cais do Nóqui vai competir com o porto de Matadi, na RDC, tendo em conta que muita mercadoria que passa por aqui em trânsito para o país vizinho, passará a ser descarregada no porto local", afirmou, citado pela Angop.

As obras vão ser concretizadas pela China Harbour Engineering Company LTD, informou Manuel José António, que não indicou o prazo de início dos trabalhos.

Além disso, o responsável fez ainda saber que uma comitiva do Porto do Soyo, composta por alguns chineses, foi na Quarta-feira até Nóqui, na qual concretizou o estudo de viabilidade do sítio onde vai ser construída a ponte cais. Citado pela Angop, acrescentou que "a construção do Terminal Fluvial do Nóqui sempre foi uma das preocupações das autoridades do município e da população, em geral".

Refira-se que, recentemente, o Executivo informou que vai investir 90 milhões de dólares para construir o Terminal Fluvial do Nóqui, no âmbito do Plano de Desenvolvimento do Sector dos Transportes.

A despesa foi autorizada em despacho presidencial. "Segundo o Despacho Presidencial n.º 262/23 de 26 de Outubro, é autorizada a despesa e formalizada a abertura do Procedimento de Contratação Simplificada, pelo critério material, por razões de financiamento externo, para a adjudicação do contrato de empreitada", lê-se no comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso.

João Lourenço, titular do poder executivo, "delega competências ao ministro da Energia e Águas, com a faculdade de subdelegar, para a aprovação das peças do procedimento, bem como para a verificação da validade e legalidade de todos os actos praticados no âmbito do referido procedimento, incluindo a celebração e a assinatura do referido contrato", refere ainda a nota.

Além disso, o despacho autoriza igualmente o Ministério das Finanças "a proceder à inscrição do projecto no Programa de Investimento Público (PIP) do OGE 2023 e a assegurar os recursos financeiros necessários à implementação do mesmo".

De referir que o Plano dos Transportes determina "como prioridades a implementação dos programas de expansão do transporte público e de desenvolvimento e melhoria das infra-estruturas, permitindo o aumento de passageiros e cargas transportadas nos modais rodoviários, ferroviário, marítimo e aéreo, para que a deslocação de pessoas e bens não seja uma barreira ao progresso económico e social".

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