"Tendo tomado conhecimento dos trágicos episódios atmosféricos dos últimos dias nas províncias da Huíla e do Huambo, que vitimaram perto de 70 concidadãos por impacto directo de raios, junto-me à dor e angústia dos seus familiares e amigos", referiu João Lourenço, numa mensagem de condolências.
João Lourenço estendeu, em nome do executivo e no seu próprio, "o sentimento de solidariedade aos feridos em consequência daqueles fenómenos da natureza".
O chefe de Estado realçou que as autoridades competentes, com os governos provinciais, foram orientadas a "tudo fazerem para a proteção das vidas das populações", face ao aumento crescente da incidência desses acontecimentos relacionados com a época chuvosa.
O Presidente instruiu que sejam criadas várias iniciativas como o acompanhamento direto da situação, a prestação de todo o apoio útil aos afectados e o reforço das acções de sensibilização para se evitar a exposição aos raios.
No último caso que se registou, uinta-feira, no município de Cacocanda, Huíla, 11 pessoas, que se encontravam na lavra, morreram atingidas por descargas eléctricas e três outras ficaram gravemente feridas, segundo a porta-voz do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros local, Teresa Abel.
O país tem sido assolado por enxurradas nas últimas semanas. Na província de Luanda registaram-se precipitações intensas quase todo o dia de Quinta-feira.
Segundo dados do Serviço de Proteção Civil e Bombeiros de Luanda, as chuvas provocaram várias induções de escolas (16), centros médicos (3), esquadras de polícia (2), centro comercial (1), o desabamento parcial de residências (3), a danificação de postes de média tensão (4), deixando ainda várias vias intransitáveis (64) e pontes em estado crítico (5).
Notícias que circulam nas redes sociais dão conta do desaparecimento de pelo menos duas pessoas em consequência das chuvas.