Ver Angola

Matérias Primas

Maior projecto diamantífero do país vai gerar receitas para estimular desenvolvimento

O projecto diamantífero de Luele – situado na Lunda Sul e cuja inauguração decorreu esta Segunda-feira – passa a ser o maior projecto diamantífero do país, sendo que vai contribuir para a geração de receitas para estimular o desenvolvimento económico.

: Facebook CIPRA
Facebook CIPRA  

Na ocasião, o Presidente da República considerou que, "em termos de contribuição para os cofres do Estado, será bastante grande".

"Estamos a falar daquele que, a partir de agora, passa a ser o maior projecto diamantífero do país. Portanto, significa dizer que, em termos de contribuição para os cofres do Estado, será bastante grande. E desta forma, esses recursos vão ser utilizados para o desenvolvimento do nosso país", referiu João Lourenço, citado num comunicado do CIPRA, a que o VerAngola teve acesso.

O chefe de Estado disse igualmente que, "depois do petróleo, os diamantes representam a segunda maior fonte de receitas do país". No entanto, avançou, o Governo quer "diversificar a economia, para não depender exclusivamente da extracção de recursos minerais, e desenvolver outros sectores económicos adicionais que podem beneficiar das receitas provenientes do sector mineiro".

Relativamente às reformas no sector, João Lourenço disse que as "mudanças foram fundamentais para atrair investimentos privados", tendo mencionado o retorno da De Beers, bem como "a entrada, pela primeira vez, da Rio Tinto, no mercado nacional como exemplos positivos".

Disse ainda acreditar que a adesão do país à Iniciativa de Transparência das Indústrias Extractivas "é um passo que encoraja os investidores".

"Acredito que o passo dado por Angola de aderir à chamada Iniciativa de Transparência das Indústrias Extractivas é um passo que encoraja os investidores, na medida em que, a partir de agora, passaremos a estar debaixo de um escrutínio maior por parte dessa mesma organização internacional", referiu, citado no comunicado.

Entre outros aspectos, acrescenta a nota, o Presidente da República também falou acerca da responsabilidade social das empresas no sector mineiro, tendo salientado a "obrigação destas organizações em dedicar parte de suas receitas à responsabilidade social, para beneficiar as comunidades ao redor".

Na ocasião, o chefe de Estado indicou o Projecto Catoca "como uma referência em responsabilidade social e elogiou o apoio dado a escolas locais, fornecendo merenda e material escolar, e outro tipo de assistência aos alunos".

"O Projecto Luele está a seguir o mesmo caminho, com o lançamento recentemente da primeira pedra para a construção de habitações sociais para as comunidades circundantes e outras empresas devem fazer o mesmo, segundo João Lourenço, sob pena de serem penalizadas", lê-se na nota.

João Lourenço disse ainda que se tem de "desencorajar a fuga à responsabilidade social": "Temos que desencorajar a fuga à responsabilidade social, isso por um lado. Mas, por outro lado, também devemos ter o bom senso de procurar encontrar o equilíbrio. Há situações em que o projecto mal arrancou e as comunidades já fazem exigências, algumas das quais podemos dizer irrealizáveis. Portanto, tem que haver diálogo e encontrar-se um meio termo, sob pena de também acabarem por matar o próprio projecto", afirmou, citado no comunicado.

Sobre o emprego, o chefe de Estado "reconheceu haver ainda muito trabalho a ser feito", apesar de haver registo de progressos, e garantiu que o "Estado e empresas do sector privado vão continuar a trabalhar para aumentar a oferta gradualmente".

Recorde-se que João Lourenço se deslocou, na Segunda-feira, até à província da Lunda Sul, para uma visita de dois dias. Durante a sua passagem pela província, o destaque recai na inauguração do projecto diamantífero de Luele.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.