De acordo com uma nota da CSC, empresa mineira que explora ferro na província do Cuando Cubango, decorre o carregamento de 20 mil toneladas de ferro gusa verde [produto resultado da redução do minério], cujo navio terá como destino o porto de Mombaça, no Quénia.
A nota realça que essa operação é a primeira depois da inauguração da siderurgia em Agosto deste ano.
O presidente do conselho de administração da CSC, Rui Silva, citado na nota, realçou que o carregamento do navio termina esta Segunda-feira e deverá zarpar Terça-feira, a partir do terminal comercial do Porto do Namibe, dentro do período previsto.
"A nossa meta, agora com a fábrica em funcionamento, é produzir oito mil toneladas de ferro gusa ao mês e fazer uma exportação de 24 mil toneladas do produto a cada três meses", explicou Rui Silva.
Rui Silva referiu ainda que a empresa mantém neste momento os 1200 postos de trabalho directos, repartidos entre a fábrica e a mina, e para 2024 a projecção é que a produção atinja as 96 mil toneladas.
Para 2025, a empresa perspectiva que a produção passe para as 516 mil toneladas, com a conclusão de mais três fornos de 140 mil toneladas cada um, cujo plano de investimentos está a ser trabalhado com a banca, no valor de 250 milhões de dólares, prevendo até lá atingir os 5000 postos de trabalho directos.
"O passe final será o de atingir um milhão de toneladas, em 2027, e nesta altura começar a produzir o aço em Angola, aumentado a mão-de-obra para 10.000 postos de trabalho, gerar mais divisas para o país e contribuir para as metas que todos almejamos em termos de exportações e também de consumo interno no caso do aço", refere o documento.
A CSC, sociedade anónima de capitais privados fundada em 2016, é a primeira siderúrgica de Angola a produzir ferro gusa e a utilizar carvão vegetal como redutor no processo produtivo, através de uma tecnologia sustentável e livre de emissões de carbono, indica a empresa na sua apresentação.
O complexo siderúrgico, localizado no município do Cuchi, dista cerca de 66 quilómetros da mina do Cutato e 620 quilómetros do Porto do Namibe, por onde a exportação da produção é realizada.
