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Ministro da Agricultura e Florestas diz que produção agrícola deve crescer no mínimo seis por cento na próxima campanha

O ministro da Agricultura e Florestas prevê que a produção agrícola continue a crescer na próxima campanha de 2023/2024, estimando um aumento de pelo menos 6 por cento, necessário para garantir a segurança alimentar.

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"Precisamos de crescer 6 por cento no mínimo, essa é a nossa luta. Sei que vamos crescer mais do que isso, mas a próxima campanha deve ter uma produção mínima de 6 por cento", disse António Francisco de Assis, esta Segunda-feira, durante um encontro com jornalistas onde foram apresentados os resultados da campanha agrícola 2021/2022 e a preparação da campanha de 2023/2024.

Angola possui 35 milhões de hectares de terra arável dos quais apenas 16 por cento estão a ser trabalhados e apenas 2 por cento desta área é irrigada, sendo predominante a agricultura familiar que representa 83 por cento da produção, enquanto a participação empresarial é inferior a 6000 empresas, indicou o director nacional das Florestas, Domingos Nazaré.

Actualmente Angola é auto-suficiente na produção de mandioca e batata-doce, banana e ananás, ovos e carne de cabrito, tendo-se destacado na campanha agrícola de 2021/2022 um crescimento da produção na ordem dos 5,6 por cento em todas as fileiras (cereais, raízes e tubérculos, leguminosa e oleaginosas, frutas e hortícolas).

O crédito concedido ao sector representou apenas 7 por cento do total concedido pela banca.

Domingos Nazaré destacou o crescimento, neste período, da cultura do café, com um aumento ligeiro de 1 por cento entre 2021 e 2022, para 5206 toneladas, sobretudo devido ao fomento da variedade 'arábica', a qual, ao contrário da 'robusta', permite recorrer à agricultura mecanizada.

No entanto, entre 2017 e 2022, segundo os dados do Ministério da Agricultura e Florestas (Minagrif) consultados pela Lusa, a produção de café teve um decréscimo de 18,4 por cento.

Actualmente, o peso da agricultura na economia angolana, essencialmente sustentada pelo petróleo, ronda os 6 por cento, mas o ministro da tutela mostrou-se optimista quando à próxima campanha.

"Pela primeira vez neste mandato, o nosso sector vai merecer uma atenção particular. Nas nossas perspectivas pensamos que a próxima campanha vai ser boa", assinalou António Francisco Assis.

Na próxima campanha, o Governo tem como objectivo assistir mais de 3 milhões de famílias, tendo como critérios de distribuição dos factores de produção o tipo de culturas, as áreas de exploração trabalhadas e a pobreza dos solos, adiantou.

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