Diamantino Azevedo lançou o repto esta Terça-feira durante a conferência internacional Angola Oil & Gás, promovida pela Energy Capital & Power, que junta em Luanda até Quinta-feira responsáveis políticos e líderes das principais empresas do sector de petróleo e gás.
Depois de um concurso público internacional onde participaram cinco entidades não ter convencido as autoridades angolanas, a petrolífera estatal Sonangol foi mandatada para avançar com a construção e retomar as obras da refinaria.
Esta Terça-feira, o ministro dirigiu-se aos seus congéneres da Namíbia, Zâmbia, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial, África do Sul e outros países africanos, desafiando-os a tornarem-se "sócios" de Angola, participando na refinaria do Lobito.
Em declarações à Lusa, o presidente da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, sublinhou que a petrolífera estatal "assumiu a responsabilidade de levar a cabo este projecto de modo a refinar petróleo com 100 por cento de responsabilidade Sonangol, mas sem fechar portas a outros parceiros".
Segundo Sebastião Gaspar Martins, já houve várias manifestações de interesse, entre as quais da Zâmbia, com uma proposta de pelo menos 15 por cento, e esta Terça-feira a da Guiné Equatorial, pela voz de Gabriel Obiang Lima, ministro das Minas e Hidrocarbonetos, que participou com Diamantino Azevedo num painel ministerial na manhã de Terça-feira.
"Estamos a concluir os estudos de engenharia de base e muito provavelmente, no início de 2023, no primeiro trimestre, vamos ter um pacote em condições para poder convidar mais parceiros a juntarem-se a nós", acrescentou o PCA da Sonangol.
A Sonangol decidiu avançar com a execução das obras da Refinaria do Lobito, depois de as cinco propostas para o investimento da refinaria do Lobito, apresentadas através de concurso público, não terem convencido o Governo.