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Exportação de petróleo deverá cair para valor mais baixo desde 2008

Angola deverá reduzir as exportações de petróleo para 1,145 milhões de barris por dia em Janeiro de 2021, de acordo com o plano preliminar de cargas, o que representa o volume mais baixo desde, pelo menos, Janeiro de 2008.

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De acordo com o plano preliminar de transporte, divulgado pela agência de informação financeira Bloomberg, Angola deverá registar uma queda face aos 1,177 milhões de barris diários previsto para serem transportados em Dezembro, comprovando a descida na produção de petróleo e agravando o impacto nas contas públicas do segundo maior produtor na África subsaariana.

No total, Angola deverá exportar 35,5 milhões de barris em Janeiro do próximo ano, se o programa de carregamentos se mantiver inalterado até lá.

Na Quarta-feira, o director da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) anunciou que o seu programa de relançamento da actividade de exploração petrolífera "foi protelado" pela covid-19, assumindo que, em 2020, as actividades exploratórias "estão tímidas".

"De forma geral, os planos que tínhamos de relançamento da actividade de exploração foram protelados para os anos posteriores, uma vez que a pandemia veio impor algumas variáveis não antecipadas em que todos os intervenientes tiveram de reajustar os seus planos", afirmou o director do gabinete de Planeamento Estratégico da ANPG, Alcides Andrade.

O responsável, que falava num 'webinar' sobre "O Ciclo de um Projecto Petrolífero", em Luanda, reconheceu que as actividades exploratórias em 2020 "estão tímidas, por causa da pandemia, estando relançadas para os anos que se seguem".

"Foi um pouco ajustado face àquela que era a nossa perspectiva em 2019", disse, recordando que os desafios do sector petrolífero tiveram um acento tónico em 2014, ano em que se registou a queda brusca do preço do barril de petróleo.

Esta queda do preço do barril de petróleo, maior suporte da economia nacional, em 2014, trouxe várias implicações para a condição socioeconómica do país, entre as quais uma crise financeira e cambial e o prolongamento da recessão económica pelo quinto ano consecutivo em 2020.

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