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Saúde

Reino Unido disponibiliza 384,3 milhões para construir hospitais em Luanda e Cabinda

O Reino Unido e Angola assinaram um acordo de financiamento no valor de 384,3 milhões de euros com o Standard Chartered Bank, que permitirá a construção e apetrechamento de dois hospitais em Luanda e um outro em Cabinda.

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O acordo foi assinado pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, e pela enviada especial da primeira-ministra britânica para Angola e Zâmbia, baronesa Lindsay Northover, acto que marcou o fim da visita oficial que efectuou ao país.

Segundo Lindsay Northover, o acordo de financiamento vai permitir assinar os contratos das empreitadas para a construção da primeira fase do Hospital Geral de Cabinda, do Instituto Hematológico Pediátrico de Luanda e da primeira fase do Hospital Geral de Pediatria da capital angolana.

Segundo a responsável britânica, o acordo foi celebrado entre o Governo angolano e a empresa ASCC UK Limited, com sede no Dubai, estando o financiamento coberto pela Agência de Seguros de Crédito à Exportação do Reino Unido (UKEF).

Na ocasião, a enviada de Theresa May, que termina hoje a nova visita a Angola em cerca de três anos, destacou que o Reino Unido não está a apoiar só o setor da saúde, desenvolvendo também parcerias nas áreas de produção e distribuição de energia eléctrica e águas, bem como na agricultura.

Isso mesmo foi realçado por Archer Mangueira que, na cerimónia, realizada no Ministério das Finanças angolano, salientou que as "relações financeiras" entre Angola e o Reino Unido já contam também com projectos ligados sobretudo à parte energética.

"Tal como disse a baronesa, as nossas relações financeiras com o Reino Unido não se traduzem só na assinatura deste acordo, mas também noutros, designadamente como o destinado a financiar a instalação de subestações em Viana [leste de Luanda] e na Gabela [província do Cuanza Sul] e também as linhas de transmissão de energia de Laúca [barragem hidroeléctrica na fronteira entre as províncias do Cuanza Norte e Malanje] para Luanda", afirmou o ministro das Finanças angolano.

Segundo Archer Mangueira, os projectos "vão contribuir, não só para resolver os problemas essenciais da população", mas também "ajudar na sustentabilidade da dívida pública".

"Por um lado, porque são projectos que vão contribuir para desenvolver o sector produtivo, como os ligados à energia e águas, e, por outro, investe-se no capital humano, com a melhoria da satisfação das necessidades essenciais da nossa população", sublinhou.

"Investindo na saúde, estamos a investir no capital humano e, dessa forma, também a contribuir indiretamente para, a médio e longo prazos, revertermos o atual estado de endividamento público", comentou.

Na quarta-feira, no primeiro dia da visita a Luanda, Lindsay Northover indicou que o Reino Unido está a disponibilizar a Angola um total de 750 milhões de libras (861 milhões de euros) para apoiar projetos de cariz social em Angola, alguns deles incluídos no Programa de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2018/22.

Os 384,3 milhões de euros, ressalvou hoje a baronesa britânica, já estão incluídos no pacote financeiro disponibilizado pelo Reino Unido, que cobre também os projetos ligados à energia e águas, já em curso, e para a agricultura, a acertar.

Ainda quarta-feira, Lindsay Northover disse que os projetos das subestações elétricas de Viana e da Gabela são os primeiros a ser implementados e vão ajudar a distribuir energia elétrica às populações de Luanda e do Cuanza-Sul.

"Estas subestações precisam de ter manutenção e melhorias, para que a energia vinda de Laúca possa chegar a estas áreas", esclareceu.

Segundo um comunicado da missão diplomática britânica em Angola, na visita, Lindsay Northover foi acompanhada por uma delegação constituída por representantes da Agência de Crédito à Exportação do Reino Unido (UKEF) e de empresas que participam na diversificação da economia em Angola, como a Rolls Royce, KCA Deutag, Aggeko, HSBC, Standard Charted, IQA/Elecnor, Incatema e ASGC.

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