Mário Gavião, que falava aos jornalistas no âmbito do segundo Fórum do Mercado de Capitais, garantiu que "uma série de condições" continuam a ser criadas para que Angola tenha um Mercado de Dívida pública "fluido e transparente".
"Principalmente, o mercado secundário, pois tínhamos um mercado primário em que havia participação principalmente dos bancos, que tomavam a dívida emitida pelo Estado, e havia a necessidade de os pequenos aforradores começarem a participar neste Mercado", disse.
O presidente da CMC recordou que o Programa de Privatizações vai ser aprovado em breve e que vai obedecer a um cronograma específico, o que, defendeu, "será um grande impulso para o Mercado de Ações".
"Se tivermos, como se espera para breve, a aprovação do Programa de Privatizações, há um cronograma que será definido e depois é uma questão de execução", salientou.
Em relação à atracção de investimentos e de investidores para o "nascente" Mercado de Capitais de Angola, "com fraca cultura de poupança e investimentos", Mário Gavião apontou a necessidade da "estabilização macroeconómica" do país como "factor atractivo" para o sector.
"De facto, um dos principais desafios e de irmos, paulatinamente, resolver essas situações é termos uma situação macroeconómica que seja favorável. O Executivo tem estado a trabalhar nisso e as condições estão a ser criadas", indicou.
"Por força disso, também as empresas terão capacidade de captar investimentos. Diria que a estabilização macroeconómica é fundamental para que os investidores possam ir para o mercado", acrescentou.
O segundo Fórum do Mercado de Capitais, que decorreu no município do Talatona, sul de Luanda, foi uma promoção da editora Média Rumo, com o apoio da Comissão de Mercado de Capitais (CMC).