De acordo com o relatório mensal do INE sobre o comportamento da inflação, o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) de Outubro baixou dos 2,69 por cento de Setembro – valor que inicialmente era de 4,75 por cento, mas que foi revisto em baixa – para a tendência das subidas mais ligeiras, de 1,21 por cento em Agosto, 1,25 por cento em Julho e 1,26 por cento de Junho.
O crescimento verificado em Setembro foi, entretanto, justificado pelo INE com o aumento da tarifa da água naquele mês.
Em termos do acumulado dos últimos 12 meses, o valor cifrou-se nos 18,04 por cento, aproximando-se do valor previsto pelo Governo angolano.
Inicialmente, o Executivo previa uma inflação de 28,8 por cento para 2018 (Janeiro a Dezembro), previsão revista em baixa, para 18 por cento, na proposta de lei do Orçamento Geral do Estado para 2019, em discussão na Assembleia Nacional.
A variação homóloga volta assim a descer, depois de em Setembro ter registado um aumento, para 19,21 por cento (a 12 meses), que contrariou a tendência de descida verificada desde Outubro de 2017, quando atingiu os 26,25 por cenot (a 12 meses).
De acordo com o INE, o principal sector a influenciar esta subida dos preços em Outubro de 2018 foi o do "Vestuário e Calçado", com uma variação mensal de 2,04 por cento, seguindo-se o sector da "Saúde", com 1,86 por cento, e os sectores do "Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção" e "Hotéis, Cafés e Restaurantes", ambos com 1,66 por cento.
Os aumentos de preços foram liderados pelas províncias de Bengo (2,09 por cento), Zaire (1,95 por cento), Moxico (1,73 por cento) e Lunda-Norte (1,69 por cento), enquanto as com menor variação foram em Namibe (0,99 por cento), Huambo (1,00 por cento), Bié (1,15 por cento) e Cuando Cubango (1,19 por cento).
Em 2016, a inflação em Angola (12 meses) ultrapassou os 41 por cento e no ano seguinte os 23 por cento.