A posição do diplomata checo surge num artigo de opinião publicado pelo representante da UE, a propósito da quinta cimeira União Africana – União Europeia, que decorre esta semana em Abidjan, na Costa do Marfim.
Tomáš Ulicný recorda que a UE está a desenvolver, em Angola, os mecanismos que permitem "reforçar" a "parceria estratégica" e que o designado "Caminho Conjunto", acordo bilateral assinado em 2012, "tem representado um marco de referência importante" para aprofundar as relações bilaterais "e reconhecer o vital papel que Angola joga como potência regional". "A actual situação global obriga-nos a ser extremamente ambiciosos", refere o embaixador, a propósito da cimeira de Abidjan.
Sobre Angola, Tomáš Ulicný escreve que a UE saúda as medidas tomadas pelo novo Governo, dirigido pelo Presidente João Lourenço, "cujo início de mandato está a gerar uma onda de optimismo e esperança".
"Estão a ser criadas as condições para que Angola possa superar alguns dos problemas que a afectam em matéria económica e social. Apesar da difícil situação financeira que o país atravessa, a nova liderança está a dar provas de que existe um plano ambicioso, mas exequível para levar Angola e o seu povo ao patamar que merece", reconhece o embaixador da UE.
O Governo preparou um plano intercalar, a seis meses, com medidas que visam melhorar a situação económica e social do país, apostando na diversificação económica, aumentando as exportações e a produção nacional, e ainda diminuindo as importações. O documento, que também prevê privatizações e cortes em várias despesas do Estado, já foi elogiado este mês pelo Fundo Monetário Internacional.