A informação resulta de dados preliminares do Banco Nacional de Angola (BNA), a que a Lusa teve acesso esta Quarta-feira, sobre as Reservas Internacionais Líquidas (RIL), indicando que no espaço de um mês registou-se uma recuperação de 64 milhões de dólares.
Estas reservas são necessárias nomeadamente para garantir importações de alimentos, maquinaria ou matéria-prima para as indústrias e já perderam, em valor, desde Janeiro, mais de 5449 milhões de dólares.
Estes dados, de Outubro, incorporam ainda uma revisão em alta das reservas no mês de Setembro, antes estimadas em 15.087 milhões de dólares, para 15.294 milhões de dólares.
No início de 2014, antes da crise da cotação do petróleo, as reservas angolanas ascendiam a 31.154 milhões de dólares.
Desde Agosto de 2016 que o banco central - que actualmente é o único fornecedor de divisas à banca comercial - tem vindo a aumentar a injecção de moeda estrangeira no mercado cambial primário.
No entanto, a partir das eleições gerais que essas vendas por parte do BNA caíram fortemente.
As reservas angolanas actuais garantem o equivalente a menos de meio ano de importações de alimentos, bens e equipamentos, tendo em conta as necessidades, numa altura de forte contenção na disponibilização de divisas aos bancos.
As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.
