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Economia

Governos de Angola e de Itália vão “acelerar” cooperação e “encorajar” investimentos

Os governos de Angola e Itália anunciaram que vão "acelerar" os mecanismos de cooperação bilateral e "encorajar" contactos "intensos" entre os organismos públicos e os agentes privados dos dois países.

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A posição está expressa num comunicado conjunto enviado à Lusa pela Presidência angolana, na sequência da visita realizada a Luanda, entre Domingo e Segunda-feira, pelo primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni.

"As partes decidiram encorajar o estabelecimento de contactos mais intensos entre as estruturas governamentais e privadas dos dois países", lê-se no comunicado conjunto.

Acrescenta que "a parte italiana manifestou o seu apoio à política de reformas do novo Executivo ", liderado desde 26 de Setembro por João Lourenço, "e o seu interesse em participar activamente na diversificação da economia angolana".

Paolo Gentiloni foi mesmo o primeiro chefe de Governo de um país ocidental a ser recebido no palácio presidencial, em Luanda, pelo novo Presidente.

"As partes concordaram em acelerar os mecanismos necessários para o reforço da cooperação bilateral em várias áreas. Neste sentido, decidiram que equipas técnicas dos dois países deverão encontrar-se o mais depressa possível para trabalharem na inventariação dos acordos e na criação de condições mais expeditas para a sua efectiva implementação", refere o comunicado conjunto.

Acrescenta que o chefe de Estado angolano aceitou o convite de Paolo Gentiloni para realizar uma visita oficial a Itália.

Na Segunda-feira, durante as conversações oficiais entre as duas delegações, o presidente angolano traçou o objectivo de alargar a cooperação económica entre os dois países.

"Nós pretendemos aprofundar a cooperação económica entre Angola e Itália, em vários domínios, uma vez que de momento conhecemos algum avanço nos domínios energético, por causa dos petróleos, e também da defesa. E pretendemos corrigir essa situação, estender a cooperação a outros sectores importantes da nossa economia", afirmou João Lourenço.

O Presidente angolano recordou o apoio que organizações não-governamentais italianas prestaram aos então movimentos nacionalistas, durante o período da guerra colonial, e da própria sociedade italiana, que permitiu a Agostinho Neto (Movimento Popular de Libertação de Angola), Amílcar Cabral (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) e Marcelino dos Santos (Frente de Libertação de Moçambique) serem recebidos, em audiência, em 1970, pelo papa Paulo VI.

"Em 1975, quando o nosso país se tornou independente, a Itália foi o primeiro país europeu que reconheceu a independência de Angola. E, talvez por isso, não seja por acaso que também é o chefe do Governo italiano que efectua a primeira visita a Angola após a minha investidura", enfatizou João Lourenço.

Na mesma intervenção, Paolo Gentiloni afirmou que esta visita a Angola serviu nomeadamente para "confirmar o apoio" do Governo italiano ao novo executivo angolano e ao "programa muito importante" em curso, de reconversão económica do país, ainda essencialmente dependente das exportações de petróleo.

O primeiro-ministro Paolo Gentiloni assistiu, em Luanda, à assinatura de acordos de cooperação entre as petrolíferas ENI e Sonangol, ao nível de produção de petróleo e gás, bem como de refinação.

Na área da defesa, a cooperação baseia-se essencialmente na aquisição a Itália de helicópteros e embarcações para as Forças Armadas Angolanas.

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