O Fundo mantém em aberto a possibilidade de assistência financeira a Angola, mas até ao momento não foi feito nenhum pedido do Governo, disse esta Segunda-feira o chefe da missão do fundo para o país africano.
Ricardo Velloso, que falava no final da reunião realizada com a equipa económica do Governo, liderada pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira, para início dos trabalhos para actualização de dados, explicou tratar-se de um apoio disponível para Angola, como a qualquer outro país.
O encontro preliminar, que decorre como preparação das anuais consultas ao abrigo do artigo IV, teve como objectivo, segundo o economista brasileiro, "entender um pouco melhor as políticas" previstas no plano intercalar que o Governo preparou para o período entre Outubro e Março de 2018.
"O FMI, no momento, presta assistência a Angola, através das nossas consultas anuais ao abrigo do artigo IV e através também de um programa robusto de assistência técnica, e que cobre várias áreas, como a política tributária, administração tributária, os dados macroeconómicos do país e no momento a intenção é continuar com esse tipo de colaboração com o Governo angolano", explicou.
Sobre uma possível assistência financeira ao país, Ricardo Velloso manifestou a abertura do FMI, em caso de necessidade, mas "no momento não foi feito nenhum pedido de assistência financeira do Governo de Angola".
O chefe da delegação do FMI reiterou que esta visita, que decorre até Quarta-feira da próxima semana, é uma missão de recolha de dados, actualização de projecções macroeconómicas, de entender melhor as políticas que estão por detrás do Plano Intercalar que o Governo publicou recentemente e também para dar contributos à preparação do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2018.
Devido às eleições gerais, realizadas em Agosto, a visita formal ao abrigo do artigo IV só deverá acontecer no início do próximo ano.