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Lucapa vai procurar diamantes no Lulo por mais cinco anos. Investimento ronda os sete milhões

A multinacional australiana Lucapa anunciou a aprovação formal pelo Governo de uma nova licença de exploração mineira para uma área de 3000 quilómetros quadrados do projecto Lulo, na província da Lunda Norte.

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De acordo com um comunicado emitido pela Lucapa, a licença agora aprovada pelo ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz, será válida por cinco anos e cobre toda a área do projecto da mina do Lulo, onde foi encontrado este ano o maior diamante de Angola.

A primeira concessão para este projecto foi atribuída em Novembro de 2014 e a operação naquela mina arrancou em Agosto de 2015, numa parceria da Lucapa (40 por cento) com a estatal Endiama, (32 por cento) e os privados da Rosas & Pétalas (28 por cento).

Aquela multinacional australiana tinha já anunciado em Maio que vai investir sete milhões de dólares no reforço da produção diamantífera na mina, através da Sociedade Mineira do Lulo.

Naquela mina foi encontrado, em Fevereiro, o maior diamante de Angola e 27.º maior do mundo, com 404,2 quilates, cuja venda em bruto rendeu 16 milhões de dólares.

A empresa anuncia no mesmo comunicado a mobilização de especialistas para planificar novos trabalhos e um programa de perfuração do kimberlito da mina a três anos, dependente da aprovação do Ministério da Geologia e Minas de Angola.

Esta mina está localizada a 150 quilómetros de Catotaca, na mesma província e a quarta maior do mundo, que é operada pelos russos da Alrosa e é responsável por 75 por cento da produção nacional. Angola é o quinto maior produtor do mundo.

Após seis anos de prospecção na zona, a exploração no Lulo arrancou em 2015, no âmbito de um contrato para a concessão da produção naquela área específica (238 quilómetros quadrados), incluindo mais de 50 quilómetros ao longo do rio Cacuilo, válido por 35 anos.

Na fase anterior, a Lucapa tinha já anunciado a descoberta de diamantes de grandes dimensões, o maior dos quais de 133,4 quilates.

Os diamantes constituem o segundo principal produto de exportação por Angola, a seguir ao petróleo.

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