Este valor soma aos 80 mil milhões de kwanzas (481 milhões de dólares) que o Governo inscreveu no OGE de 2016 revisto e aprovado em Setembro, para injectar na capitalização de empresas públicas – existem 75 – conforme números compilados pela Lusa.
Alguns economistas e o próprio Fundo Monetário Internacional estimam que a dívida pública da administração central do Estado e das empresas públicas, incluindo a TAAG ou a Sonangol, ultrapasse os 70 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017.
De acordo com informação transmitida em Setembro último pelo Instituto para o Sector Empresarial Público (ISEP), apenas oito destas empresas tiveram, na altura, os processos de prestação de contas homologados e aprovados sem reservas pelo Governo, num universo das 75 que apresentaram as contas de 2015.
Das empresas que compõem o SEP, 53 fecharam as contas naquela altura, enquanto as restantes 47 realizaram auditorias. Um total de 29 empresas públicas viram as contas homologadas.
O Governo prevê para 2016 um crescimento económico de apenas 1,1 por cento e em 2017 cerca de 2,1 por cento, segundo a proposta de OGE em discussão nas comissões parlamentares de especialidade até Dezembro.
Estão previstas receitas e despesas, para todo o ano de 2017, de 7,307 biliões de kwanzas. Neste caso, as receitas serão financiadas com 3,142 biliões de kwanzas de endividamento do Estado.
Em todo o próximo ano, Angola prevê produzir 662 milhões de barris de petróleo, sector que deverá render à economia (PIB petrolífero), nos cálculos do Governo, 3,753 biliões de kwanzas, numa previsão de 46 dólares por barril, contra os 40,9 dólares estabelecidos para 2016.
O PIB – toda a riqueza produzida no país – deverá crescer para 19,746 biliões de kwanzas no próximo ano.