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KPMG: Novas fusões na banca angolana são “incontornáveis”

A consultora KPMG prevê como "incontornáveis" novas fusões na banca angolana em 2016, à semelhança da anunciada recentemente entre os bancos Millennium Angola e Atlântico, para rentabilizar a actividade.

<a href='http://www.angolaimagebank.com' target='_blank'>Angola Image Bank</a>:

A posição foi assumida pelo responsável da KPMG em Angola, Vítor Ribeirinho, na apresentação, em Luanda, do estudo anual (2014) da consultora internacional sobre a banca angolana, recordando que nesta altura estão licenciadas para operar no sector, no país, 29 entidades.

"Eu não vou dizer que são muitos ou poucos, não me compete avaliar", afirmou, observando no entanto a necessidade de estas entidades cumprirem obrigações de capital, de captar recursos de clientes ou de investidores e competindo no mesmo mercado.

"É praticamente incontornável que os movimentos de concentração do sector tenham em 2016 maiores desenvolvimentos", apontou Vítor Ribeirinho, dando como exemplo a fusão do banco detido em Angola pelo português Millennium BCP e o Atlântico, anunciada em Outubro último.

"Revela visão estratégica destes dois bancos e dos seus accionistas, o que é desejável. Revela que têm consciência que há dificuldades que podem ser ultrapassadas mais facilmente se estiveram untos", comentou o responsável da KPMG em Angola.

Com uma taxa de utilização de serviços bancários que em 2014 chegou aos 47 por cento da população, Vítor Ribeirinho assume que em Angola já foi "ultrapassada a fase da maturidade" da banca, que agora enfrenta cenários de fusão, até pela conjuntura económica desfavorável.

"É desejável [fusões] como forma de combater riscos e exigências do sector. Aqui, de facto, a união faz a força", acrescentou.

Angola enfrenta desde o segundo semestre de 2014 uma crise financeira e económica, também com repercussões ao nível cambial, decorrente da forte descida da cotação do barril de crude no mercado internacional, que fez cair para metade as receitas com a exportação de petróleo.

O relatório da KPMG identifica que a banca angolana atingiu em 2014, pela primeira vez, os 20.000 trabalhadores, enquanto a rentabilidade média que os bancos representaram para os accionistas desceu para 4,96 por cento.

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