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Ligação ferroviária Luena-Saurimo avança depois de desminagem dos terrenos

O projecto de interligação do Corredor do Lobito a Saurimo, na província diamantífera da Lunda Sul, está em fase de estudos, decorrendo já acções de desminagem nos terrenos, disse esta Quinta-feira o governador daquela província.

: Lusa
Lusa  

Daniel Neto, que falava aos jornalistas em Saurimo, no segundo e último dia da 2.ª conferência Internacional dos Diamantes de Angola, adiantou que esta acção prévia é essencial para se poder avançar com a construção do ramal ferroviário.

Segundo o mesmo responsável, o lançamento público do projecto está para breve, devendo na altura ser divulgado o investimento nesta infra-estrutura.

As capitais das províncias do Moxico (Luena) e da Luanda Sul (Saurimo) estarão ligadas por 260 quilómetros de linha férrea, prolongando para norte o traçado actual do Corredor do Lobito, infra-estrutura que atravessa Angola desde o porto do Lobito até à fronteira com a República Democrática do Congo, ao longo de 1300 quilómetros.

É na Lunda Sul, província rica em diamantes, que se localizam as duas maiores minas angolanas: Catoca, que emprega mais de 3 mil trabalhadores, e Luele, que iniciou a produção há um ano e conta actualmente com cerca de mil funcionários.

Possui também um polo diamantífero onde estão instaladas algumas fábricas e centros de formação profissional da Endiama e da Sodiam, empresa públicas para a produção e comercialização de diamantes, "para acudir às necessidades do sector mineiro".

Segundo o governador, os recém-formados ficam numa base de dados para recrutamento das minas e 80 por cento dos jovens que estão nas fábricas são locais.

Muitos outros dedicam-se ao garimpo, actividade ilegal, que o Governo quer combater e que segundo Daniel Neto tem vindo a reduzir-se.

"Há zonas onde antes o garimpo era frequente e hoje não. À medida que vamos retirando estas pessoas que praticam a exploração de diamantes de forma ilegal, vamos ganhando empresas legais e que acabam muitas vezes por recrutar esses jovens", referiu.

Entre os problemas da província, elencou a falta de salas de aula para 17 mil alunos, bem como carência de infra-estruturas de saúde, salientando o papel de responsabilidade social das empresas mineiras, como por exemplo o desenvolvimento de um polo universitário, entre outros projectos para a melhoria da vida das populações.

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