Nesse sentido, a cooperação entre as duas empresas assenta em quatro áreas principais, que cobrem sectores-chave da economia nacional, nomeadamente agricultura, comércio, distribuição e mobilidade.
Segundo a Angop, os acordos vão durar um ano com possibilidade de serem renovados e vão ter envolvidos, do lado da operadora de telecomunicações, a Africell Angola e Afrimoney, e do lado da Carrinho, a Carrinho Comércio e a Carrinho Agri.
Na ocasião, Robert Rollman, administrador para Parcerias do Grupo Africell, disse acreditar que a parceria ora formalizada irá permitir impulsionar a economia nacional, bem como trazer vantagens no decorrer do Corredor do Lobito, tendo acrescentando que, enquanto a Africell está a investir em infra-estruturas de telecomunicações no decorrer desta linha férrea, o Grupo Carrinho também tem investido com foco na exportação de produtos.
Por sua vez, Kátia da Conceição, directora-geral da Afrimoney, destacou a inclusão financeira de pequenos agricultores. A responsável mostrou-se confiante na inclusão financeira de pequenos agricultores familiares rurais, uma vez que já colaboram com a Carrinho Agri.
Segundo a directora, a operadora de telecomunicações optou pela aproximação à Carrinho para ser capaz de mostrar os benefícios do Afrimoney na agricultura.
"Para falar da agricultura não existe empresa melhor do que o Grupo Carrinho", considerou a responsável que, citada pela Angop, destacou que os agricultores rurais não fazem parte do sistema financeiro, por isso esta colaboração é crucial.
A par de valorizar a actuação da Carrinho Agri no meio rural, também sinaliza as vantagens do serviço Afrimoney para os produtores familiares, simplificando e tornando mais eficazes as transacções financeiras.
Quem também interveio foi David Maciel, CEO da Carrinho Agri, que considerou que a colaboração com a Africell e o serviço Afrimoney reflecte um comprometimento com o crescimento sustentável e inclusivo das comunidades rurais do país, bem como reconheceu que os agricultores, sobretudo das áreas mais afastadas, encontram dificuldades para utilizar serviços bancários, pelo que aplaudiu a inclusão das plataformas de dinheiro digital da Afrimoney.
Segundo o responsável, está-se a "criar novas oportunidades" para que os produtores sejam capazes de fazer transacções mais eficazmente, como também reforçar o "seu poder económico": "Estamos a criar novas oportunidades para que estes produtores possam não apenas transaccionar de forma mais eficiente, mas também fortalecer o seu poder económico", disse, citado pela Angop.