A morte de Ismael Mateus, também escritor, cronista e analista de questões políticas e sociais, está a causar dor e consternação em vários segmentos da sociedade, à luz das reacções públicas na média e nas redes sociais.
Segundo uma comunicação da polícia em Luanda, o jornalista morreu nas primeiras horas desta Terça-feira, quando a viatura que conduzia se terá despistado e embatido contra um obstáculo fixo, na Avenida 21 de Janeiro, presumivelmente por excesso de velocidade, tendo morte imediata no local.
"Tendo em conta a gravidade do impacto e o grau destruição da viatura, aventamos um excesso de velocidade, mas a investigação está em curso", disse o porta-voz do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros de Angola, Wilson Baptista.
À imprensa, o ex-secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, lamentou a morte de Ismael Mateus, que era cofundador do SJA, referindo que a classe "está de rastos".
"O que somos hoje devemos ao Ismael, foi o Ismael que nos mobilizou para o sindicato com um trabalho excepcional e esses anos todos fomos mantendo uma relação mais do que profissional, uma relação de camaradagem, estamos de rastos", lamentou.
Luis Caetano, presidente da Associação da Imprensa Desportiva de Angola, considerou "devastadora" a notícia da morte de Ismael Mateus, recordando que este era um actor "muito activo a nível da vida social do país".
"É um mestre que vai e que ainda tinha muito para dar", salientou o também jornalista da Televisão Pública de Angola.
O Ministério das Relações Exteriores, em nota de condolências enviada à Lusa, manifestou profunda dor e consternação pelo falecimento do jornalista Ismael Mateus, destacando o seu "notável contributo" no decurso da sua vida profissional.
O carro do jornalista ficou completamente destruído após o embate (imagem via RNA).