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Governador do Zaire pede ao Governo para acelerar conclusão de refinaria do Soyo

O governador do Zaire apelou ao Governo que acelere a conclusão de projectos essenciais para aquela província, como a refinaria do Soyo, que o ministro da tutela disse estar a seguir um “prazo de maturidade”.

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Adriano Mendes de Carvalho dirigia-se ao ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, na cerimónia de lançamento da primeira pedra do novo consorcio do gás, que decorreu na cidade petrolífera do Soyo, a norte de Luanda.

Sublinhando a importância do sector do gás para empresas nacionais e estrangeiras e para a criação de emprego, o governador pediu a Diamantino Azevedo que pressione os responsáveis da fábrica de fertilizantes (amónia) e avalie o problema da construção da refinaria de petróleo, "no sentido de poder arrancar imediatamente", para gerar postos de trabalho.

"Sei que o senhor resolve e sempre o fez", disse ao titular da pasta dos Petróleos e Gás.

Por outro lado, exortou os actores do sector petrolífero, incluindo as multinacionais Azule Energy, Total, Chevron, presentes no acto simbólico, que ajudem a formar quadros e dediquem especial atenção aos recém-formados, garantindo-lhes estágios.

Diamantino Azevedo respondeu ao governador pedindo paciência e salientando que estes projectos têm um tempo de maturidade.

"Ouvimos com atenção o governador do Zaire e temos sempre actualizado o ponto de situação dos projectos. Não há atraso nenhum, é normal na indústria extractiva, os projectos têm um certo prazo de maturidade", envolvendo estudos, desminagem e indemnização de populações, declarou aos jornalistas, reforçando que os projectos "estão a seguir as suas fases próprias".

"Está tudo a correr como previsto", garantiu, acrescentando que a preocupação do governador "é legítima" e "não é nada de anormal", já que "há um perfeito alinhamento entre o governo da província" e a tutela dos recursos minerais, petróleo e gás.

Notou também que estão em causa projectos privados ou público-privados, e não estatais, salientando que o motor da economia deve ser o sector privado.

Na sua intervenção, Diamantino Azevedo abordou ainda os passos que o executivo tem dado no sentido de atrair mais investimento para o país e responder à demanda nacional e internacional de gás natural, "um produto importante que permite uma ampla gama de oportunidades em termos da sua transformação e fomento de indústrias locais", sendo igualmente um recurso importante para a transição energética.

Sobre o projecto do novo consorcio de gás, um investimento de 2,2 mil milhões de dólares, cuja primeira produção é esperada em Julho de 2026, realçou que irá, numa primeira fase, desenvolver os campos de gás não associado Quilumba e Maboqueiro, para fornecer gás à fabrica Angola LNG e a outras indústrias do Soyo.

Numa segunda fase, segue-se o desenvolvimento e exploração de outros campos de gás natural não associado da mesma concessão, "criando-se assim as premissas para a sustentabilidade de uma indústria de gás no país".

Diamantino Azevedo destacou que o sector de petróleo e gás vai-se tornando cada vez mais robusto, com uma estratégia do executivo que passa pela aposta nas refinarias e noutros projetos a nível do gás.

"Nem sempre é uma aposta bem compreendida por muitos, mas o nosso papel é de direccionar as políticas e proteger os nossos parceiros, sabendo que a nossa indústria é um alvo quase permanente das forças de pressão cuja agenda nem sempre leva em conta a realidade de cada país e os desafios que se colocam" para garantir o acesso a energia em todos os pontos do país, acrescentou.

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