Mário Caetano João recebeu na Sexta-feira o director regional do Banco Mundial para o Crescimento Equitativo, Finanças e Instituições, Hassan Zaman, que pretendia saber mais sobre a perspectiva do Governo angolano para a aceleração da produção nacional e a capacitação dos seus quadros.
Em declarações à imprensa, Hassan Zaman, acompanhado no encontro pelo representante do Banco Mundial em Angola e São Tomé e Príncipe, Juan Alvarez, disse que a instituição bancária mundial tem estado empenhada em apoiar os esforços de Angola, essencialmente no fortalecimento da economia do país.
Hassan Zaman disse que o financiamento para apoio dos trabalhos de desenvolvimento de infra-estruturas no Corredor do Lobito vai ser desembolsado num período de cinco anos, salientando que o projecto acabou de ser aprovado e vai começar dentro de poucos meses.
Por sua vez, Mário Caetano João avançou que, além do projecto "Diversifica Mais", esta equipa do Banco Mundial apoia também o projecto de estatística, tendo o encontro de Sexta-feira servido para analisar a possibilidade de extensão da cooperação para "projectos mais ligados à capacitação institucional".
"Demos nota que precisamos de continuar a capacitar os nossos quadros. Temos uma direcção nacional de estudos socioeconómicos e pedimos que haja a oportunidade de estes funcionários poderem estagiar no Banco Mundial, nesta direcção de comércio e investimento, a direcção que veio aqui", frisou.
Mário Caetano João realçou que foi igualmente solicitado apoio no sentido de Angola desenvolver "uma série de actividades que façam amadurecer o ecossistema das 'start-ups' no país".
"Nós, com este 'Diversifica Mais' estaremos a promover e a criar empregos no meio rural, mas não podemos deixar de lado o meio urbano. No meio urbano, o empreendedorismo e especialmente as 'start-ups' são de facto um tema que estão na agenda do Ministério da Economia e Planeamento, com a máxima prioridade possível", salientou.
Angola pretende realizar a terceira 'start-ups summit' em Abril do próximo ano, disse o governante, destacando que estão a sensibilizar vários parceiros e agora o Banco Mundial, com o possível apoio da Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), braço privado desta instituição bancária, para se juntarem também a esta acção.
Relativamente ao financiamento de 300 milhões de dólares para o Corredor do Lobito, o titular da pasta da Economia e Planeamento disse que vão surgir várias infra-estruturas, das quais a mais importantes são alguns centros logísticos.
"Vão surgir aqui projectos para o aumento da produção nacional, estamos a falar de alguns centros agregadores, estamos a prever também o envolvimento do sector privado através das garantias que este projecto também traz, há actividades que o projecto vai financiar e há actividades que o projecto vai promover o financiamento, através das garantias", vincou.
Segundo o ministro, o sector privado é encorajado a trazer outros activos para acelerar o processo de dinamização da actividade económica ao longo do Corredor do Lobito, como são a construção de silos e outras estações de transformação de alguma produção.
O ministro mencionou também as intenções do Banco Africano de Desenvolvimento de financiar com cerca de 150 milhões de dólares actividades ao longo do Corredor do Lobito, também do Eximbank americano, para financiar centros logísticos naquela área, bem como da MIGA, instituição do Banco Mundial ligada às garantias contra riscos não comerciais.
