Num encontro com as associações de taxistas de Luanda, a Empresa Nacional de Gestão do Sistema de Bilhética Integrada (Enbi) apresentou o seu modelo de negócio e a possibilidade de estabelecer um protocolo de entendimento e cooperação para a aceitação do denominado passe “GiraMais” nos táxis e sua eventual integração no Sistema Nacional de Bilhética Integrada (SNBI).
Para a empresa estatal, a inclusão dos taxistas no SNBI trará vários benefícios à população, “uma vez que diversifica as opções de viagem e de mobilidade, usando os bilhetes e passes 'GiraMais', assim como a expansão da rede de transportes coletivos urbanos”.
A iniciativa, refere a Enbi, deve assegurar também maior capacidade de oferta em zonas não servidas por autocarros e garantir maior segurança ao passageiro, “uma vez que todos os táxis que aderirem ao SNBI estarão bem identificados”.
Com a inserção de taxistas no sistema nacional, a empresa acredita que os assaltos que se registam nos táxis venham a “reduzir-se significativamente”.
“Para os taxistas e proprietários das viaturas, a vantagem estende-se no aumento da procura, trazendo novos grupos de passageiros e um incremento das receitas, maior segurança na arrecadação de valores, com menos dinheiro circulando a bordo”, lê-se no comunicado de imprensa.
Acesso a apoios para a formalização da atividade bem como acesso à segurança social para os trabalhadores envolvidos, taxistas e cobradores, estão igualmente entre os benefícios, segundo a Enbi.
“As empresas poderão ter um conjunto de pacotes atrativos para a aquisição de passes 'GiraMais' para os seus colaboradores que poderão ser utilizados nos táxis, reduzindo o absentismo e custos de fretamento dos meios de transportes exclusivos”, refere-se na nota.
Mário Nsingi, presidente da comissão executiva da Enbi, orientou o encontro em que participaram representantes da Associação de Taxistas de Angola (ATA), da Associação Nova Aliança dos Taxistas de Angola (ANATA) e membros de direção da empresa de bilhética.
O presidente da ATA, Rafael Inácio, citado pelo comunicado, manifestou-se “satisfeito” pela iniciativa, admitindo a possibilidade da inserção dos seus associados nas políticas públicas do governo.
Já o presidente da comissão executiva da Enbi, Mário Nsingi, sinalizou, no final do encontro, a necessidade da criação de um grupo de trabalho entre a empresa que dirige e as associações de taxistas para a criação de condições para a assinatura de um memorando.