Ver Angola

Política

“Somos todos vítimas” da guerra na Ucrânia, diz João Lourenço

O Presidente disse que todos os países estão a ser vítimas do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, apelando a um cessar-fogo imediato e alertando para os riscos de este conflito se tornar mundial.

:

Numa mensagem sobre o Estado da Nação, que marcou a abertura da nova legislatura na Assembleia Nacional, João Lourenço apontou as consequências económicas mundiais "muito graves" da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que têm afetado seriamente a dinâmica e perspectivas de crescimento dos vários países do mundo.

"Somos todos vítimas, em maior ou menor grau, desta guerra que eclodiu em plena Europa", sublinhou o chefe do executivo, manifestando-se preocupado com o número de vítimas humanas, deslocados e refugiados, bem como a destruição de infraestruturas e de património cultural.

"Em pleno alinhamento com o princípio de não interferência, Angola vai continuar a reiterar o seu apelo à cessação imediata da guerra e exortar as partes a privilegiar o recurso ao diálogo, para a resolução pacifica e definitiva deste conflito, com fortes tendências de se tornar mundial", vincou.

Angola votou, na passada Quarta-feira, a favor da resolução sobre integridade territorial da Ucrânia durante a 11ª sessão especial de emergência da Assembleia Geral das Nações Unidas, depois de se ter abstido em resoluções anteriores que condenavam a Rússia.

João Lourenço falou ainda do reposicionamento diplomático de Luanda, já que pretende dar uma "atenção particular" à vertente económica da diplomacia para "continuar a tirar proveito de uma cooperação internacional dinâmica" com países de interesse estratégico para Luanda.

Avançou que está planeada a abertura de novas representações diplomáticas e consulares "para materialização" deste "desejo de reposicionamento no continente africano e aproximação a regiões do mundo, internacionalmente conhecidas pelo seu forte potencial político e económico".

Outro eixo importante da ação diplomática nacional é a melhoria da situação de paz em África, com um papel activo em todas as organizações internacionais e regionais que Angola integra.

João Lourenço reafirmou o compromisso de Angola com o multilateralismo, que considerou "uma das vias mais seguras" para promover plataformas de diálogo em que cada nação possa dar o seu contributo, evitando "tentações cada vez mais presentes" que consistem em "redesenhar uma espécie de configuração bipolar do mundo".

Angola vai albergar entre 6 e 10 de Dezembro a 10.ª cimeira dos chefes de Estado de África, Pacífico e Caraíbas, evento "de elevada importância" em que o país vai assumir a presidência rotativa desta organização.

Relacionado

Permita anúncios no nosso site

×

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios
Utilizamos a publicidade para podermos oferecer-lhe notícias diariamente.