Na sua primeira visita à ilha, Archer Mangueira considerou que a presença de edifícios da década de 40 e a história da ilha, localizada no município do Tômbwa, têm um valor histórico, político e turístico que pode ajudar a potenciar o turismo no sul do país. Por essa razão, o governador expressou a vontade de o governo do Namibe, a curto e médio prazo, transformar aquela região.
Citado pela Angop, o responsável considerou que a mudança de ilha de "fantasma a oásis" vai passar a atrair mais angolanos e turistas para aquela ilha histórica, permitindo às pessoas conhecer e aprender mais sobre a cultura e modo de vida dos antepassados daquela zona.
Archer Mangueira, que visitou esta Quinta-feira a Ilha da Baía dos Tigres, passou pela capela ligada à igreja católica, pelos tanques de água, pelo cine Baía dos Tigres, pelo antigo hospital, pelo antigo cemitério, pela praia da Vanessa, pela lagoa e pela zona industrial e pesqueira.
A Ilha da Baía do Tigres foi fundada em 1860 por pescadores do Algarve, em Portugal, que viveram naquela zona até à época das colónias, em 1975. Contudo, as condições de habitação começaram a degradar-se e a falta de água levou a que ilha começasse a ficar deserta.
A ilha, com uma área de 100 quilómetros quadrados, que em tempos foi considerada como um dos maiores centros de pesca do país é, hoje em dia, considerada fantasma, estando isolada e desabitada.
As casas e o hospital com símbolos de Portugal da altura em que os portugueses habitavam lá foram tomadas, em grande parte, pela areia do deserto. Um facto que poderá tornar aquela zona num verdadeiro oásis.
Em 1999, o governo do Namibe decidiu começar um estudo sobre aquela zona, com o objectivo de recuperar a região, contudo, a falta de verbas deixou o plano na gaveta.
A ilha fica localizada a 150 quilómetros do município do Tômbwa.