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Director regional para África do Banco Mundial pede a Angola mais investimento no capital humano

O director regional para África do Banco Mundial fez um balanço positivo da primeira visita que efectuou a Angola durante a qual transmitiu ao Governo a necessidade de maior aposta no capital humano.

: Jean-Christophe Carret, director regional para África do Banco Mundial, e Vera Daves, ministra das Finanças (Foto: António Escrivão/Angop)
Jean-Christophe Carret, director regional para África do Banco Mundial, e Vera Daves, ministra das Finanças (Foto: António Escrivão/Angop)  

Jean-Christophe Carret, que terminou esta Quinta-feira a sua visita a Angola, falava em conferência de imprensa, na qual fez o balanço dos quatro dias de encontros com as autoridades governamentais do país lusófono.

O responsável do Banco Mundial disse que passou em revista com o Governo a parceria existente entre as partes, "para perceber o que funciona, o que não funciona tão bem e o que ainda pode ser feito".

"Numa só palavra redefinimos as estratégias na parceria entre o Governo de Angola e o Banco Mundial", referiu.

Jean-Christophe Carret, que disse ter ficado impressionado com a liderança do Ministério das Finanças, disse que os assuntos discutidos se centraram em dois temas, nomeadamente o sector social e o apoio técnico do Banco Mundial para acelerar as reformas que vêm sendo implementadas pelo país para a diversificação da economia e menos dependência do sector petrolífero.

"Acho que há uma visão clara do Governo sobre o que quer fazer e quando há uma visão clara é fácil para o Banco Mundial sugerir possíveis projectos, o diálogo à volta de importantes reformas", frisou.

O responsável destacou que a questão principal que o trouxe a Angola foi a redefinição de estratégias, "num mundo que se encontra cada vez mais em mudanças".

Relativamente ao contexto actual, Jean-Christophe Carret salientou que o Banco Mundial está nesse momento a proceder à adaptação do seu posicionamento sobre a pandemia e os seus efeitos colaterais, com a realização de ajustamentos graduais.

Questionado se o Banco Mundial, apoia a retirada do subsídio aos combustíveis, processo para o qual Angola se prepara, o director regional para África do Banco Mundial disse que aquela instituição bancária está a apoiar na implementação desse desiderato.

"Para o efeito, há que se pensar e tem estado a ser implementado um programa que visa a alocação de recursos para os mais vulneráveis, o Kwenda, falámos sobre isso ao longo da minha visita e nas rondas efectuadas falou-se bastante sobre esse projecto, que vai certamente aliviar a carência dos que mais necessitam nesta altura", disse.

Jean-Christophe Carret disse que transmitiu ao Governo a necessidade de se investir no capital humano, para o crescimento do país e diversificação da sua economia.

"Para o crescimento do país e diversificação da economia, nem sempre temos que investir em estradas, electricidade e construção de escolas (...) precisamos sempre investir no homem porque se tivermos que atrair investimentos no futuro ou agora terão que usar o capital humano para que possam ser implementados no terreno", sublinhou.

Por sua vez, a ministra das Finanças, Vera Daves, disse que o novo director do Banco Mundial deslocou-se ao país para se apresentar e também conhecer a carteira de projectos existentes.

"Saber o conjunto de constrangimentos que os beneficiários desses projectos entendem que podem ser superados e quais são as expectativas relativamente à parceria entre o Governo de Angola e o Banco Mundial", disse.

Vera Daves salientou que a parceria com o Banco Mundial está dividida em dois pilares.

O primeiro relacionado com projectos e financiamento de projectos, que estão a avançar a ritmo normal, nos domínios da agricultura familiar, educação e saúde.

"Temos um outro pilar, não menos importante, que está relacionado com a implementação de reformas e assistência técnica, neste domínio temos o Banco Mundial a apoiar-nos com o repensar do sector de águas, como é que as empresas do sector de águas se tornam mais eficientes", disse a ministra.

A governante adiantou que o Governo trabalha com o Banco Mundial no mesmo exercício relativo ao sector das telecomunicações, para que se torne mais aberto e "pujante" com o envolvimento de agentes económicos privados.

"Estamos também a contar com assistência técnica do Banco Mundial para a inclusão financeira, assistência na implementação do programa de privatizações, é o nosso consultor estratégico", acrescentou.

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