"A capacidade e vontade do Governo em diversificar a economia vai ser o principal fator no futuro", disse Almanas Stanapedis, apontando que a recuperação económica do sector não petrolífero é fundamental.
Para o analista, “com as exportações petrolíferas a caírem para mínimos de uma década este ano, num contexto de preços do crude baixos e fraca produção interna, uma subida da produção do setor não petrolífero é vital para garantir uma recuperação sustentada".
Além da diversificação económica, Almanas Stanapedis elegeu a corrupção e a relação com a China como os outros dois fatores mais importantes para o futuro do país.
"A motivação do Presidente João Lourenço contra a corrupção e os esforços para atacar a desigualdade e a pobreza é outros dos assuntos mais importantes", apontou o analista, considerando que "ainda é cedo para dizer se o derradeiro objectivo é consolidar o poder ou atacar sistematicamente os dirigentes corruptos em todas as camadas do Governo".
O analista destacou que a relação com a China também será determinante no futuro. "A China é uma fonte essencial de capital estrangeiro em Angola, tendo investido mais de 30 mil milhões de dólares no país, o que lhe dá uma considerável alavancagem económica e política", afirmou o analista da Focus Economics.