"Este protocolo está com 13 anos e está na altura de se dar um toque para melhorar, com matérias novas como a ética e a deontologia, mas também com a abertura da transformação digital, as tecnologias e olhar para o futuro", afirmou, em Luanda, o bastonário da Ordem dos Engenheiros portugueses, Carlos Aires.
A cooperação e a reciprocidade, que se traduz na mobilidade de técnicos inscritos nas respectivas ordens "poderem trabalhar em ambos os países", são a base do protocolo de cooperação assinado em 2006, explicou.
Falando aos jornalistas à margem do terceiro Congresso Internacional da Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA), que teve início Terça-feira e decorre até Quinta-feira, na capital, Carlos Aires assinalou que o reforço da cooperação surge devido aos "novos desafios".
"Vamos reforçar a formação em ética e deontologia, é uma exigência para entrar nas duas ordens, temos que frequentar um curso para entrar nas duas ordens, temos mais experiência em ministrar esses cursos e vamos dar um apoio", disse.
Apoio à "formação contínua" dos engenheiros angolanos, com a "cedência de toda a bibliografia e partilha na optimização de estudos e eventos conjuntos", é também um dos pontos da adenda ao protocolo.
"E vamos tentar criar uma sinergia maior do que aquela que tem existido actualmente", concluiu Carlos Aires, um dos oradores ao congresso promovido pela OEA.
Estratégia para a diversificação da economia, directrizes e incentivos, modelos de financiamento para a regeneração e reabilitação urbana e a quarta revolução industrial e a nova economia são alguns dos temas de abordagem neste congresso.
O encontro, que antecede o quarto Congresso de Segurança e Saúde Ocupacional e Ambiente, previsto para Quinta e Sexta-feira, também uma iniciativa da OEA, junta em Luanda especialistas de Angola, Portugal, Brasil, Cabo Verde e Moçambique.