A situação, que afecta sobretudo as jovens entre os 13 e 17 anos, foi relatada por Leandro Rodrigues, médico ginecologista da Maternidade Geral do Sumbe, no Kwanza Sul, quando falava sobre "Causas e Consequências da Gravidez Precoce" nas sétimas jornadas científicas do Instituto Superior Politécnico daquela província.
De acordo com o especialista, só no primeiro semestre de 2018 aquela unidade hospitalar registou mais de 400 partos de jovens menores, entre os 13 e 17 anos, cerca de 60 por cesariana, situação que concorreu para "algumas mortes", sem, contudo, avançar números.
Leandro Rodrigues mostrou-se preocupado com o índice de gravidez precoce, apontando "factores económicos e falta de educação sexual nas famílias" como as razões na base do fenómeno, acrescida pela "falta de informação" sobre os métodos contraceptivos.
"Também nas escolas, o trabalho que se faz com os jovens e adolescentes, não é satisfatório e por aí vêem-se os resultados dessas gravidezes", salientou.