A decisão foi anunciada durante a leitura do comunicado final da 14.ª Assembleia Parlamentar da CPLP, que terminou esta Terça-feira em Maputo novamente com apelos dos delegados e presidentes dos parlamentos para se avançar em definitivo com a materialização do acordo de mobilidade no espaço da lusofonia e a aposta na garantia da paz para o desenvolvimento.
Moçambique assumiu esta Terça-feira a presidência rotativa da AP-CPLP sucedendo à Guiné Equatorial, para um mandato de dois anos que assume ser focado na paz e inclusão.
"Esta é uma caminhada que deve ser colectiva, e [em] que cada país deve assumir o seu papel para o crescimento da organização para promover mais união, coesão e trabalho conjunto", disse Margarida Talapa, ao assumir a presidência do órgão.
A também presidente da Assembleia da República de Moçambique voltou a prometer apostar no fortalecimento da democracia e Estado de Direito e no acompanhamento da execução do acordo de mobilidade entre os países-membros, incluindo a realização de reuniões periódicas com vista a assegurar acordos que facilitem a mobilidade na CPLP.
Talapa assumiu que vai focar-se na atracção de investimentos privados com harmonização de taxas alfandegárias e fiscais entre países-membros e na promoção da língua portuguesa e da cultura dos países da CPLP, incluindo a revisão dos estatutos do órgão e avanços em matérias de igualdade de género.
Em Julho de 2024, Moçambique acolheu a reunião anual, a 13.ª sessão ordinária, da AP-CPLP, sob presidência da presidente do Senado da Guiné-Equatorial, Teresa Efua Asangono, país que manifestou dificuldade para receber o evento anual.
14.ª Assembleia Parlamentar da CPLP, que se iniciou Segunda-feira, contou com a participação de mais de 100 delegados, incluindo presidentes dos parlamentos, dos Estados-membros.
Fundada em 1996, a CPLP integra nove países - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.