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Sindicato critica política do Governo na contratação de professores cubanos

O Sindicato de Professores do Ensino Superior (SINPES) considerou "ineficiente" a política do Estado de contratação de professores cubanos para suprir a falta de especialistas do sector, com conhecimento e experiência necessária.

Victor Moriyama:

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral do SINPES, Eduardo Peres Alberto, reagia ao despacho presidencial que autoriza o lançamento do procedimento de contratação simplificada para a assinatura "de dois contratos de aquisição de serviço docente de especialistas de nacionalidade cubana", para ministrarem aulas em universidades públicas, no presente ano lectivo.

O despacho justifica a contratação "em virtude da urgência em garantir o seu normal funcionamento" no decurso do ano académico 2018", que termina em Dezembro.

Segundo Eduardo Peres Alberto, o SINPES teve conhecimento da intenção do Governo há dois anos, quando todas as instituições do ensino superior receberam uma petição de solicitação de vagas para essa contratação.

"É uma política ineficiente, porque as unidades orgânicas não solicitaram (a contratação). Somos apologistas que, primeiro devia-se confirmar a nível do país se de facto existem quadros especialistas paras as áreas para as quais pretendem tais contratações. Se as universidades não solicitaram, penso que não é uma necessidade nacional, é uma vontade política", disse Eduardo Peres Alberto.

O sindicalista sublinhou que as universidades receberam negativamente esta petição, "o que demonstra que não é da vontade das instituições do ensino superior, mas é uma vontade política".

Para o secretário-geral do SINPES não pode ser assinada uma cooperação deste tipo, para depois serem solicitadas vagas, reiterando que "o processo foi mal conduzido".

"O Estado devia primeiro partir para um estudo de necessidade e somos surpreendidos com a solicitação de vagas para professores cubanos, Angola não deve ser um país para acomodação de estrangeiros. Os filhos de Angola precisam de empregos", disse.

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