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José Eduardo dos Santos exorta partido a trabalhar para ajudar famílias

O presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, exortou o partido, no poder em Angola desde 1975, a criar as condições necessárias para que as famílias tenham acesso aos "bens fundamentais".

RFI/Daniel Frederico:

A posição foi assumida pelo ex-Presidente da República no discurso de abertura da IV reunião ordinária do Comité Central do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que se realizou durante toda a Segunda-feira em Luanda, essencialmente para analisar assuntos da vida interna do partido.

Trata-se da primeira reunião do órgão máximo do MPLA entre congressos, após as eleições gerais de 23 de Agosto último.

"Essa vitória nas urnas, que possibilitou uma transição política pacífica e ordeira ao nível do aparelho do Estado, leva-nos a sublinhar a importância de reforçarmos a organização, a disciplina e a unidade do nosso partido. São esses valores que asseguraram o funcionamento e a dinâmica da vida política do MPLA e nos permite trabalhar em conjunto na materialização dos objectivos contidos no programa do MPLA e na moção de estratégia do líder, com vista a criarmos uma sociedade mais solidária, mais justa e mais coesa", apontou.

Numa altura em que o Governo já está em funções, além de João Lourenço e Bornito de Sousa, respectivamente Presidente e vice-Presidente da República, com 32 ministros e 50 secretários de Estado, José Eduardo dos Santos aproveitou o discurso de abertura da reunião para recordar que o partido está comprometido com os desígnios reunidos na moção que levou ao congresso de Agosto de 2016, que o reelegeu como líder do MPLA.

"Com efeito, a unidade de pensamento e de acção do partido concorre também para a criação de condições para tornar factível o nosso lema, que é ‘Corrigir o que está mal e melhorar o que está bem', por forma a que os cidadãos, os trabalhadores e as famílias usufruam dos seus direitos, tenham acesso aos bens fundamentais, participem socialmente e sejam protagonistas das suas próprias vidas e das sociedades em que se inserem. Isto é, sejam no fundo cidadãos autónomos e responsáveis", disse ainda.

"É neste contexto que esta reunião [do Comité Central] vai analisar o plano geral de actividade do partido para o ano de 2018, ciente de que o trabalho político do partido desemboca sempre num processo eleitoral e por essa razão deve ser permanente e não sofrer interregnos, adaptando-se apenas aos momentos concretos que o país vive", acrescentou.

Contudo, numa intervenção de cerca de sete minutos, José Eduardo dos Santos, de 75 anos, não abordou qualquer prazo para deixar a presidência do MPLA, através da marcação de um congresso extraordinário, depois de há um ano e meio ter adiantado que em 2018 pretendia deixar a vida política activa.

Da agenda de trabalhos desta reunião do Comité Central constam pontos como a apreciação do projecto de orçamento geral do partido para 2018 e ajustamentos aos instrumentos da comissão de disciplina e auditoria, entre outros.

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