Em declarações à imprensa, à margem da abertura de um workshop promovido pela Universidade Agostinho Neto (UAN), que decorre até esta Sexta-feira, Ana Pipio, que falava em representação da Fundação Calouste Gulbenkian, sublinhou a relevância do encontro, pela troca de experiências sobre como chegar aos financiamentos internacionais.
"A Fundação Calouste Gulbenkian por si só não é uma entidade financiadora e o que nós estamos a tentar promover aqui é ferramentas que ajudem os docentes e os investigadores das universidades e centros de investigação angolanos a poderem ir procurar esse financiamento ao exterior", explicou.
Segundo a também docente do Instituto Superior Técnico de Lisboa, "são métodos de funcionamento e de trabalho" sobre "onde e como ir procurar financiamentos", mas também "que tipo de financiamentos estão disponíveis" que ao longo deste workshop estão a ser transmitidos aos investigadores angolanos.
No arranque deste workshop, que decorre até esta Sexta-feira sob o lema "Financiamento Internacional à Investigação Científica", Ana Pipio, que falou sobre a Importância da Ciência e Investigação no Desenvolvimento das Sociedades, sublinhou as colaborações que já têm sido possíveis entre a UAN e o Instituto Superior Técnico de Lisboa.
"Também tivemos alguns projectos, não no âmbito do financiamento, mas de colaboração para formação de docentes e mobilidade os estudantes, e também colaborações na formação conjunta entre Angola e Portugal", apontou.
Na abertura deste workshop, a ministra do Ensino Superior, Maria do Rosário Sambo, assumiu a necessidade de criação de uma fundação nacional para o financiamento à investigação científica, de forma a "impulsionar" a investigação no país.
"É obrigação do ministério encetar todos os esforços para aprovar e criar uma fundação nacional para o financiamento à investigação científica. Teremos de conseguir alocar fundos que terão de ser geridos de forma transparente com rigor e mérito próprios da ética de investigação científica", disse.