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Angola quer fundação para financiar investigação científica no país

A ministra do Ensino Superior, Maria do Rosário Sambo, assumiu esta Quinta-feira a necessidade de criação de uma fundação nacional para o financiamento à investigação científica, de forma a "impulsionar" a investigação no país.

EFE:

A governante, que tutela ainda a Ciência, Tecnologia e Inovação, falava durante a cerimónia de abertura de um workshop sobre financiamento de projectos, uma organização da Universidade Agostinho Neto (UAN) com apoio da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo defendido que essa fundação "deve contar com fundos públicos e outros", além de uma "gestão transparente".

"É obrigação do ministério encetar todos os esforços para aprovar e criar uma fundação nacional para o financiamento à investigação científica. Teremos de conseguir alocar fundos que terão de ser geridos de forma transparente com rigor e mérito próprios da ética de investigação científica", disse.

Subordinado ao tema do "Financiamento Internacional à Investigação Científica", este workshop decorre em Luanda até Sexta-feira.

De acordo com a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, o encontro visa acrescentar valor, sob a forma de conhecimento, e capacitação aos interessados em investigação científica no país, "habilitando-os" para a "integração em equipas de investigação", mas também "para concessão e coordenação de projectos" e sua submissão a candidaturas para financiamento.

"Queremos motivar mais ainda à apresentação de candidaturas ao financiamento preferencialmente alinhados às políticas de investigação e prioridades definidas", defendeu Maria do Rosário Sambo.

A governante recordou o objectivo de levar pelo menos duas universidades nacionais para a lista das 100 melhores do continente africano, mas que para tal o país necessita de investigação e respectiva "produção científica credível e publicada".

Realçou ainda a necessidade do reforço, coordenação e articulação entre todos os actores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, "de forma a racionalizar recursos, relacionando em rede para capitalizar sinergias tanto a nível interno como em parcerias internacionais".

Na mesma ocasião, o reitor em exercício da Universidade Agostinho Neto, Pedro Magalhães, admitiu debilidades e limitações no acesso ao financiamento de projectos de investigação científica no país.

"Achamos que as fontes de financiamento que existem são do conhecimento de todos, mas não têm sido devidamente aproveitadas. Provavelmente algumas limitações existem, por isso pensamos apresentar essa ideia que foi bem acolhida pelo ministério", disse.

O responsável pela maior universidade angolana recordou que o workshop surgiu igualmente com o propósito de encontrar outras fontes de financiamento à investigação científica, juntando em Luanda reitores, vice-reitores, decanos e docentes universitários de instituições públicas e privadas do país.

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